As Vitórias do Revisionismo do Holocausto (X)
via Revisionismo em Linha de Johnny Drake em 02/04/09
10) Em 1961, o judeu Raul Hillberg, Number One dos historiadores ortodoxos, havia publicado a primeira edição da sua obra capital, e foi em 1985 que publicou a sua segunda edição profundamente revista e corrigida. Entre estas duas vai uma distância considerável que não pode explicar-se senão pela sucessão de vitórias conseguidas entretanto pelos revisionistas. Na primeira edição o autor havia afirmado friamente que «a destruição dos judeus da Europa» fora iniciada com base em ordens sucessivas de Hitler. Não indicava nem a data, nem o conteúdo dessas ordens. Continuadamente pretendia explicar em detalhe o processo político, administrativo e burocrático dessa destruição; por exemplo, chegava ao extremo de escrever que em Auschwitz o extermínio de judeus se organizava num escritório que se encarregava ao mesmo tempo da desinfecção das roupas e do extermínio de seres humanos (The Destruction of the European Jews, 1961, reeditado em 1979 por Quadrangle Books, Chicago, p. 177, 570). Ora em 1983, renunciando totalmente a esta explicação, R. Hilberg veio subitamente afirmar que o processo de «destruição dos judeus da Europa» se desenvolvera, ao fim e ao cabo, sem plano, sem organização, sem centralização, sem projecto, sem orçamento, mas muito simplesmente graças a «um incrível encontro de mentes, uma transmissão de pensamento consensual no seio de uma vasta burocracia», a burocracia alemã (an incredible meeting of minds, a consensus mind reading by a far-flung bureaucracy) (Newsday, New York, 23 de Fevereiro de 1983, p. II/3). Esta explicação será confirmada por R.Hilberg sob juramento no processo Zündel de 1985 em Toronto, a 16 de Janeiro de 1985 (acta verbatim, p. 848); posteriormente confirmá-la-á de novo mas com outras palavras, na versão profundamente revista da sua obra (The Destruction of the European Jews, New York, Holmes & Meier, 1985, p. 53, 55, 62; em francês, La Destruction des Juifs d'Europe, Paris, Fayard, 1988, p. 51, 53, 60). Finalmente, confirma-a outra vez em Outubro de 2006 numa entrevista concedida ao Le Monde: «Não havia nenhum esquema director preestabelecido. Quanto à questão da decisão é parcialmente insolúvel: nunca se encontrou nenhuma ordem assinada pela mão de Hitler, possivelmente porque tal documento nunca existiu. Estou convicto que as burocracias são dirigidas por uma espécie de estrutura latente: cada decisão acarreta outra, e outra e assim sucessivamente, mesmo que não seja possível prever exactamente a etapa seguinte» (Le Monde des livres, 20 de Outubro de 2006, p.12).
Observação: O historiador Number One do genocídio dos judeus viu-se tão desamparado que chegou repentinamente ao ponto de desdizer-se e de explicar uma gigantesca empresa de assassinato colectivo como se esta tivesse sido de algum modo obra do Espírito-Santo. Evoca, efectivamente, um «encontro de mentes» no seio de uma burocracia e classifica esse encontro como «incrível». Se é incrível, porque se haveria de crer nele? Deveremos porventura crer no incrível? Invoca, também, a «transmissão de pensamento» que classifica de «consensual», mas trata-se de uma pura especulação intelectual baseada em crença no sobrenatural. Como crer num fenómeno deste género, sobretudo no seio de um vasto aparelho burocrático, e em particular tratando-se da burocracia do III Reich? É de realçar que, seguindo o exemplo de R. Hilberg, nos anos 1980-1990, os historiadores oficiais começaram a abandonar a história e a aproximar-se da metafísica e do jargão. Colocaram a questão se do ponto de vista do conhecimento conviria ser «intencionalista» ou «funcionalista»: seria necessário supor que o extermínio dos judeus se havia produzido tendo por base uma «intenção» (ainda não demonstrada) e de acordo com um plano determinado (ainda não encontrado), ou ter-se-ia esse extermínio auto-produzido, de forma espontânea e improvisada, sem qualquer intenção formal e sem nenhum plano? Este tipo de confusa controvérsia demonstra o desespero de historiadores que, incapazes de apresentar provas ou documentos que sustentem as suas teses, se vêem reduzidos a teorizar no vazio. No fundo, uns, os «intencionalistas», dizem-nos: «Forçosamente teve que haver uma intenção e um plano, que ainda não encontrámos, mas que eventualmente um dia viremos a descobrir», enquanto que os outros nos dizem: «Não é necessário procurar provas de uma intenção e de um plano, porque tudo pode ter ocorrido sem intenção, sem plano e sem deixar vestígios; tais vestígios são impossíveis de encontrar porque nunca existiram»…
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