domingo, 17 de junho de 2012

Esta Fotografia é Histórica, é Mágica, é Ciência… Ciência planetária… Ciência cosmológica…

When Venus Rises with the Sun
Fonte: Foto do dia 08Jun2012 do site da Nasa

Esta Fotografia é Histórica, é Mágica, é Ciência… Ciência planetária… Ciência cosmológica…

É Histórica, pois, é uma fotografia que pertence ao site da Nasa. Será guardada e perservada. Daqui a 200, 400, 1000 anos será um marco do trânsito de Vénus de 6 de Junho de 2012. E, ao nascer do sol, no Mar Negro, já Vénus ia a meio do seu trânsito.

É mágica, pois, foi tirada na ponta leste do Império Romano com o sol a surgir pelo leste do Mar Negro. Sim, nós, latinos e ocidentais, da igreja cristã. Sim, o Império Romano de há quase 2000 anos chegava ao Mar Negro.
É mágica, porque toda a fotografia do nascer do sol ou do pôr do sol que tenha por fundo o mar é mágica! O sol agiganta-se, avermelha-se e há cores e reflexos únicos! Isto lembra-me a magia e o temor aos deuses que o general romano Décimus Junius Brutus sentiu quando ao invadir a Galiza subiu ao monte de Santa Tecla e dali contemplou o pôr do sol. Um sol, gigantesco e de um vermelho forte, que se escondia para além do mar-oceano imenso e desconhecido.
Para mim, é duplamente mágica, pois, em seis décadas de vida, eu nunca vi um nascer do sol que tivesse o mar ao fundo. Contudo, esta situação não é incomum para a grande maioria de todos nós, lusófonos. Em muitos lugares das ilhas dos Açores, da Madeira, de Cabo Verde, em São Tomé, em Moçambique, em Timor, no Brasil, o sol nasce para o lado do mar.

É ciência, pois, um trânsito de Vénus para os terrenos não é coisa fácil de acontecer. E é ciência planetária, pois, em tese, poderão acontecer trânsitos em todos os planetas interiores em relação ao posicionamento do planeta ou nave espacial onde se encontre o observador. É ciência cosmológica, pois, é por via dos trânsitos que os astrónomos têm vindo a descobrir os exoplanetas.

Quem de entre nós, os humanos, não se emociona com isto?

Quem de entre nós, os latinos, os ocidentais, os cristãos, os judeus, os islamitas… os que somos do Império Romano antigo, não se emociona com isto?

Quem, de entre nós, os lusófonos, em que tantos de nós conhece o nascer do sol para o lado do mar, não se emociona com isto?

Quem, de entre todos nós, não se emociona com a grandeza do cosmo?

Quem, de entre nós, não sente a presença de DEUS, arquitecto do imenso universo e Senhor dos nossos destinos?

Rui Moio. Escrito pelas 22h00 de 09Jun2012 

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