Algumas Vantagens das Plataformas de Colaboração Online
Um colega meu tem passado as últimas semanas a visitar os vários escritórios de uma organização cliente para dar formação na utilização de uma plataforma de colaboração online.
Em conversa esta manhã ele disse-me que a grande dificuldade de todos os utilizadores é a mesma. A mesma para todos e a mesma de sempre.
Todos os utilizadores, colaboradores organização em causa, estão com dificuldade a entender e a aceitar que tudo o que irão fazer no sistema será visível para os seus colegas.
"E a minha resposta é sempre a mesma", disse o meu colega. "Digo-lhes que essa transparência é exactamente a razão pela qual a organização investiu no desenvolvimento daquela plataforma."
Achei hilariante! Uma resposta tão simples e tão verdadeira em resposta a uma questão, a uma preocupação, que ouço vezes sem conta nas organizações aonde vou.
Não é que as pessoas não queiram ser vigiadas porque planeiam ou estão habituadas a fazer algo mal feito. É antes pela mudança de paradigma.
A organização com que o meu colega está a trabalhar optou para quebrar radicalmente com as formas actuais de trabalho na organização. Isto é, até agora o trabalho de um colaborador só ficava visível a outros colegas depois de ele/a se sentir suficientemente confortável com o seu estado. Só nessa altura era partilhado com os colegas de equipa ou projecto.
O que se espera agora é que as pessoas trabalhem em áreas "públicas" tornando o fruto do seu trabalho visível e pesquisável por qualquer colega em qualquer fase do processo.
As grandes vantagens são:
- possibilidade de se detectar trabalho duplicado antes de se terem investido demasiados recursos
- possibilidade de se fazerem sugestões que permitam melhorar a qualidade do trabalho ou a eficiência do processo
- promoção de um clima de abertura e confiança na organização
- aumento da visibilidade do trabalho realizado e dos próprios colegas nele envolvido
- aumento do conhecimento que cada colaborador tem da actividade global da organização
- aumento do conhecimento que cada colaborador tem das competências, experiência e interesse dos seus colegas.
Claro que não se pode partir para uma abordagem que requeira uma mudança radical e repentina de atitudes sem um trabalho prévio, devidamente estruturado, de sensibilização e formação, e sem se considerarem nas mudanças "soft" que possam ser necessárias para apoiar e reflectir esta mudança pretendida.
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