quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Sonda Messenger desvenda parte da face oculta de Mercúrio

«A sonda norte-americana Messenger revelou 30 por cento da face escondida e misteriosa de Mercúrio, o planeta mais pequeno do Sistema Solar, nunca antes observada.»

Fonte: Jornal de Notícias de 30Out2008

Humanidade necessita de dois planetas Terra

«Se a Humanidade mantiver o gasto de recursos naturais em 2030, dentro de duas décadas serão necessários dois planetas Terra para manter o nosso estilo de vida. Portugal não foge à regra: consome mais do que pode.»

Fonte: Jornal de Notícias de 30Out2008

Alto Zambeze - Wikipédia, a enciclopédia livre

A antiga circunscrição do Alto Zambeze com sede em Cazombo tem 48 356 Km2. Portugal Continental tem 89 015 Km2.
Só em Angola havia trezentas e muitas circunscrições e algumas delas com áreas semelhantes às do Alto Zambeze.

O que éramos, o que somos hoje!... É triste, muito triste!...
Rui Moio
via cazombo - Pesquisa SAPO by crawlersapo <crawler@co.sapo.pt> on 10/26/08
Alto Zambeze é um município da província do Moxico, em Angola, com sede na vila do Cazombo. Tem 48 356 km² e cerca de 20 mil habitantes [1]. É limitado a Norte pela República ...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A incurável “doença” da escrita

Fonte: Revista Mente e Cérebro nº. 189 de Outubro de 2008

Minas do rei Salomão foram localizadas na Jordânia

Eça de Queirós assinou a versão portuguesa de um romance britânico sobre este intrigante tema

Arqueólogos norte-americanos crêem que um local desértico do Sul da Jordânia, Khirbat en-Nahas ("ruínas de cobre", em árabe), poderá conter as há muito procuradas minas do rei Salomão, sobre as quais o britânico Sir H. Rider Haggard escreveu em 1885 um romance que viria a ser traduzido e adaptado para português por Eça de Queirós; e por seis vezes transposto para o cinema. As descobertas ultimamente feitas sob a direcção de Thomas Levy, da Universidade da Califórnia, em San Diego, foram esta semana reveladas pela revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
Os investigadores, utilizando técnicas de datação por carbono, conseguiram chegar à conclusão de que ali se produzia cobre no tempo de Salomão, terceiro rei de Israel, no século X antes de Cristo, quando se ergueu o primeiro templo do antigo judaísmo, templo esse que viria a ser destruído pelos babilónios, povo que viveu no território do actual Iraque.
Kirbat en-Nahas fica a sul do mar Morto, no Wadi (distrito) Faynan do deserto jordano, e já em 2004 estudiosos britânicos tinham falado das concentrações do elemento químico rádon nas antigas minas de cobre que na região eram pela lenda associadas ao rei Salomão, pelo que o que actualmente está a ser publicado nos Estados Unidos poderá, ao fim e ao cabo, não ser assim uma novidade tão grande quanto à primeira vista parece.
Aliás, os recursos de cobre daquela região já eram conhecidos por assírios, egípcios e romanos, julgando-se que por ali existiu a cidade de Phaino (de onde o actual nome de Faynan), tristemente famosa na Antiguidade Clássica pelas terríveis condições de vida dos prisioneiros e dos escravos condenados a trabalhar nas minas, tal como nos foi relatado cerca do ano 300 da era cristã por Eusébio, bispo de Cesareia e precursor da História do Cristianismo.
A Bíblia não fala especificamente de nenhumas "minas do rei Salomão", mas diz que os minérios para a construção do Templo eram da região de Asiongaber, na extremidade setentrional do golfo de Aqaba; o que ao fim e ao cabo não deixa de ir parar ao Sudoeste da actual Jordânia.

Jorge Heitor

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Foram os Açores descobertos antes dos Portugueses?

Nota: Clique na imagem para a aumentar

Conferência a realizar pelo Professor Joaquim Fernandes no Próximo dia 30 de Outubro
integrada no Ciclo Porto Cidade de Ciência.

Itens relacionados:
"O Cavaleiro da Ilha do Corvo" de Joaquim Fernandes in Blogue "Carreiera da Índia" com comentários de Rui Moio
Investigador lança romance baseado em provas de que não foram os portugueses a descobrir os Açores in Jornal Expresso de 07Jul2008

Salário mínimo vai chegar aos 450 euros,Portugal - Visão.pt

Fonte: Correio da Manhã de 26Out2008

Fotografia: Rui Ochôa mostra em álbum presença quinhentista portuguesa no mundo

via Carreira da Índia by Leonel Vicente on 10/27/08
O fotógrafo Rui Ochôa procurou captar e transmitir a forte presença portuguesa em África, Ásia ou Amesterdão que mostra num álbum que será apresentado segunda-feira em Lisboa.
Em declarações à Lusa, Ochôa afirmou que o álbum - "Portugal, tão longe" - é o "corolário" de sete anos de viagens por locais onde estiveram os portugueses nos séculos XV e XVI.
"Este álbum é corolário de sete anos de viagens a acompanhar técnicos da Fundação Calouste Gulbenkian entre 1999 e 2006, em que se percorreu locais onde há património português", disse o fotógrafo.
A sinagoga portuguesa de Amesterdão, Arzila e Safim, em Marrocos, S. João Baptista de Ajudá, no Benim, Mombaça, no Quénia, a Ilha de Ormuz no Sul do Irão, Goa, Sri Lanka ou Malaca, são alguns dos lugares fotografados.
"Eu tinha um dupla missão. Por um lado a parte técnica, fotografar o monumento como ele é, de cima, de baixo, este ou aquele pormenor, e depois a vertente mais jornalista que é o que eu sou", explicou.
"Nas minhas fotografias tive sempre esse cuidado, que tem a ver com os afectos e é uma característica minha: há sempre pessoas nas minhas fotografias. Em cerca de 90% das cerca de 200 fotografias do livro há uma presença portuguesa, é uma coisa muito típica em mim", disse.
Entre os monumentos portugueses dos séculos XV e XVI figura a Igreja do Santo Rosário em Dacca, construída pelos frades agostinhos portugueses.
Percorrer estes locais emocionou o fotógrafo, que gostava, "entre muitas coisas", de ser historiador.
"Várias vezes senti um grande orgulho de ser português. Não só pela presença portuguesa que nestes sítios continua a ser muito forte, até nas populações", observou Ochôa, citando o exemplo de Malaca.
"Num bairro de pescadores, de malaios, que nem sabem se calhar onde é Portugal, choram ao ouvir o hino de Portugal e eu ouvi cantarem o fado de Coimbra, com sotaque mas cantaram", recordou.
Segundo o fotógrafo, "a presença portuguesa é muito forte" jogando-se ainda o chinquilho e outros jogos tradicionais portugueses.
"As pessoas ao verem-me com a máquina acercavam-se de mim e vinham dizer-me que tinham um apelido português como Rodrigues, ou outro. Eles vêem Portugal como uma segunda pátria", referiu.
Um dos locais mais visitados é a estátua de S. Francisco Xavier "onde vão milhares de jovens, turistas e religiosos".
A Fé Cristã, segundo o autor, foi uma das "coisas boas" que os portugueses deixaram naquelas paragens, ao lado de outras, pois "somos capazes do bom, do melhor e do pior".
Este "apego" a Portugal deve-se ao facto, segundo Ochôa, de "os portugueses não terem apenas passado, mas permanecido, deixado sementes, terem-se miscenizado com as populações locais".
Em Malaca, onde, entre outros monumentos, existe o Convento de S. Francisco, os portugueses são conhecidos como "cristangues".
O álbum, que será apresentado no Auditório 3 da Fundação Calouste Gulbenkian, é constituído por 300 páginas.
"A abrir há o poema `Força Albuquerque` de Miguel Torga que fala rigorosamente para as minhas fotografias. Imaginei um design muito rico para ele", disse.
Além do poema de Torga, "Portugal, tão longe" conta com um texto de Emílio Rui Vilar, presidente do Conselho de Administração da Fundação Gulbenkian, e um de Eduardo Lourenço que Ochôa qualificou como "uma pérola", além de um texto do próprio contextualizando as fotografias com notas e histórias das viagens.
"Todas as fotografias têm uma legenda feita por mim. Este não é apenas um álbum para ver, é também para ler", frisou.
Rui Ochôa referiu ainda que é sua a concepção editorial do livro, um projecto que lhe ocupou dois anos a pensar e a perspectivar.
A apresentação do livro na Gulbenkian estará a cargo do artista plástico José Guimarães.
(via Lusa - RTP)

domingo, 26 de outubro de 2008

Estado quer exercer direito de preferência sobre cartas de Marcello

Estado quer exercer direito de preferência sobre cartas de Marcello

via Publico.pt Última Hora by São José Almeida on 10/25/08

Leilão

O Estado português, através da Torre do Tombo ou da Biblioteca Nacional, quer exercer o direito de preferência sobre as cartas de Marcello Caetano que hoje serão leiloadas em Lisboa. Trata-se de um conjunto de 15 cartas e seis bilhetes pessoais escritos durante o exílio no Brasil pelo último presidente do Conselho de Ministros do Estado Novo, Marcello Caetano, entre 1976 e 1979, a destinatários apenas identificados pelo nome próprio, Maria Emília e António.

sábado, 25 de outubro de 2008

Confessou crime antes de agressões [desaparecimento da Joana]

«Joana apanhou a mãe e o tio nus no sofá na altura em que se preparavam para manter relações sexuais. Assim que a criança de oito anos ameaçou contar tudo ao companheiro de Leonor, esta e o irmão, João, agrediram-na com bofetadas tão violentas que bateu com a cabeça numa parede e morreu ali, na casa da Aldeia de Figueira, em Portimão, onde vivia com o padrasto e dois meios-irmãos.»

Fonte: Correio da Manhã de 23Out2008

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Metafísica do Mal - Esquema das Origens de Todo o Mal

Original documento de síntese sobre a origem de todo o mal
Rui Moio

via Nacional-Cristianismo on 10/24/08
Clicar na imagem para ampliar

1509 - A Batalha que Mudou o Domínio do Comércio Global

via Carreira da Índia by Leonel Vicente on 10/24/08

Apresentação da obra de Jorge Nascimento Rodrigues e Tessaleno Devezas
(sexta-feira, 24.10.2008)

Governo impede licenciados de recorrerem ao quadro de mobilidade especial

via Publico.pt Última Hora by PÚBLICO on 10/23/08

Despacho das Finanças quer evitar sangria de quadros

O ministro das Finanças quer evitar uma sangria de quadros qualificados da função pública e por isso não vai autorizar a passagem de técnicos superiores (licenciados) nem de funcionários de carreiras especiais (como os professores médicos, enfermeiros e juízes), para a situação de mobilidade especial, que lhes permitiria passar para o sector privado acumulando a nova remuneração com direito a uma subvenção pública mensal, revela o "Diário de Notícias" de hoje.

Saiba quanto pode poupar no crédito à habitação até ao fim do ano

Fonte: DiárioEconomico.com de 24Out2008

Museu da Ciência - Nos passos de Magalhães

Fonte. Museu da Ciência - Universidade de Coimbra. Em oito Sábados, o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra propõe-lhe uma volta ao mundo na companhia de Gonçalo Cadilhe. 11Out a 29Nov2008 - das 15h00 às 16h00, aos Sábados

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

PS vota a favor na nova lei sobre benefícios dos combatentes no Ultramar

via Leste de Angola by Jorge Santos - Op.Cripto on 10/18/08
A proposta da nova lei do Governo sobre os benefícios dos antigos combatentes no Ultramar passou, esta sexta-feira, só com os votos do PS. A oposição votou contra, acusando a proposta de retirar direitos e baixar o valor das pensões....

Militares Africanos

via FÓRUM IGNARA#GUERRA COLONIAL by Susana on 10/22/08
«(...) Mas a nossa intenção não é contar a história de um dos muitos militares que estiveram num dos teatros de operações na época. Pretendemos, sim, prestar homenagem àqueles que, mesmo querendo, não conseguem fazer ouvir a sua voz ou publicar os seus escritos, talvez mais extensos do que outro qualquer militar metropolitano: os Militares Africanos.

Mas, na realidade, a referência às unidades do Exército, não esquecendo os outros ramos das Forças Armadas, deve-se à impossibilidade de referir todos e cada um dos cerca de 7.500 militares africanos que combateram ao lado dos metropolitanos. Também há que referir as unidades de milícias, uma força paramilitar mal armada e muitas vezes mal instruída, assim como os caçadores civis, os guias, os carregadores, os assalariados e outros, que também prestaram uma valiosa contribuição no esforço de guerra junto das unidades militares.

Quando passei por aquela terra, na unidade em que servi, conheci soldados cujo número mecanográfico terminava em 61, ou seja, tinham sido alistados em 1961 e, há poucos anos, ao ler relatórios sobre a minha companhia, datados de 1973 e 1974, lá constavam soldados alistados naquele ano. Isto quer dizer que houve homens – soldados africanos - que cumpriram 13 anos de tropa o que equivale a 13 anos de guerra, e que, na realidade, é muito tempo.(...)»

Excerto de um texto de José Martins, publicado no blogue de Luís Graça e Camaradas da Guiné, intitulado "Tributo aos Combatentes Africanos". Recomendamos vivamente a leitura integral.

Cacimbados - A Vida por um Fio

via FÓRUM IGNARA#GUERRA COLONIAL by Susana on 10/20/08
Lançamento do livro "Cacimbados - A Vida por um Fio" de Manuel Bastos
no dia 15 de Novembro das 16:00 às 18:00.

Na Casa Municipal da Cultura
R. Pedro Monteiro em COIMBRA


Parabéns ao Manuel Bastos e ao seu blogue Cacimbo.

domingo, 19 de outubro de 2008

Um livro-bomba (1)

via COMBUSTÕES by Combustões on 10/5/08

De mão amiga, leitor em Portimão, recebi há duas semanas uma obra de autoria do General Silva Cardoso intitulada 25 de Abril de 1974, a Revolução da Perfídia. O autor não requer apresentação: enquanto oficial superior, prestou serviço no teatro de operações de Angola durante sete anos, foi adido militar português na Alemanha, Alto Comissário para Angola até Agosto de 1975, Comandante-Chefe dos Açores, Director do Instituto de Altos Estudos da Força Aérea e Presidente do Supremo Tribunal Militar até 1991. Com a chancela da Prefácio, a obra agora publicada é um verdadeiro acontecimento editorial, pois oferece uma versão absolutamente nova sobre a génese e desenvolvimento do chamado "Movimento dos Capitães", bem como da intriga internacional que se desenvolveu a partir dos anos 60 tendo como finalidade expulsar Portugal de África. Sem nos alongarmos em comentários, passamos a dar voz ao Autor, titulando a nosso critério algumas passagens mais impressivas, reveladoras do desassombro com que um general analisa a descolonização, tema habitualmente tocado pela paixão, pela mistificação e pelo lavar de mãos de muitos que nela jogaram o futuro de Portugal e da África Portuguesa.


A Guerra estava ganha

"1) A guerra em África estava a ser ganha militarmente; 2) O desenvolvimento dos nossos territórios atingia crescimentos sociais e económicos elevados; 3) A subversão na rectaguarda e a inoculação do vírus revolucionário nas Forças Armadas foi a solução que a União Soviética encontrou para impedir a vitória militar portuguesa; 4) Os autores da traição e do descalabro têm nome e são conhecidos os que fizeram, conscientemente, o jogo da URSS e dos seus compagnos de route". (p.15)


1961: os americanos investem no genocídio de Angola

"(...) A 7 de Março Salazar recebe o embaixador americano cuja missão era transmitir a recomendação do presidente Kennedy no sentido de rever a sua política relativa ao Ultramar, de acordo com as recomendações da ONU. Assim, os americanos prepararam uma dupla acção para evitarem em Angola o que um ano antes tinha acontecido no Congo ex-belga em que, ao lado do presidente pró-americano, Kasavubu, surge um primeiro-ministro pró-soviético, Patrice Lumumba. (...) "Para além de uma ataque generalizado às populações do Norte de Angola conduzido pela UPA, os EUA procuram quebrar a unidade da rectaguarda com o planeado golpe de Estado de 8 de Abril, conduzido pelo Ministro da Defesa, General Botelho Moniz, e a cooperação de outros militares altamente colocados no aparelho do Estado no sentido de Portugal aceitar o princípio da autodeterminação das colónias (...). Sabe-se que Salazar ouviu, atenta e longamente, o embaixador e, no final, sem comentários, despediu-se cordialmente e pediu ao representante dos EUA em Lisboa para apresentar os seus respeitosos cumprimentos ao presidente do seu país". (30)

(...) A 15 de Março acontece o genocídio no norte de Angola, onde são dizimados selvaticamente cerca de sete mil seres humanos (mil brancos e seis mil pretos) pelos guerrilheiros da UPA e, a 8 de Abril, o projectado golpe de Estado para afastar Salazae é neutralizado e os seus promotores são removidos das suas funções. Resta saber o que aconteceria se o Presidente do Conselho, Salazar, tivesse acedido à proposta dos EUA: ter-se-ia evitado o genocídio em Angola e o golpe de Estado morreria por si? Quanto ao primeiro ponto creio que teria sido muito difícil travar um dispositivo certamente já montado para evitar aquela mortandade (31).


Os movimentos guerrilheiros perdem a segunda cartada (1963-1966)

"Entretanto, a situação em Angola em finais de 1963, com o MPLA encurralado no Quanza Norte e a FNLA confinada aos seus santuários na região dos Dembos, tinha estabilizado e ter-se-ia assim atingido um primeiro patamar na guerra em Angola. Esta situação não deixaria de agradar aos americanos que, depois de terem perdido a aposta inicial quando tentaram quebral a unidade nacional relativa à política ultramarina (...) viam que os colonos não tinham fugido como acontecera com os belgas no Congo e que aquele imenso território permanecia na esfera do Ocidente" (33).


Terceira fase da guerra (1966-1972)

"Mais três anos passaram e em 1966, apesar do esforço exigido à Nação, inacreditavelmente a situação no terreno mantinha-se controlada pelas forças portuguesas. Inicia-se, então, a teceira fase do conflito com o aparecimento da UNITA e a abertura da frente Leste pelo MPLA em Angola e, em Moçambique, pelo deslocamento da FRELIMO para Sul, para a área de Tete, a fim de dispersar os meios concentrados no Norte (Cabo Delgado) e impedir ou dificultar a construção da barragem de Cahora Bassa. Foi uma fase difícil para as nossas forças, só compensada pelo apoio dado pelo recrutamento local (...)".

"(...)No início da década de 70 a ofensiva do MPLA no Leste de Angola tinha sido totalmente desbaratada com a neutralidade da UNITA que, sem apoios exteriores, estava remetida ao seu buraco nas matas das margens do Lungué Bongo. (...) O enorme empenhamento da URSS na preparação do pessoal do MPLA, no fornecimento de material de guerra que era transportado por barco até Dar-es-Salam e, depois, por caminho-de-ferro até à fronteira de Angola com a Zâmbia, foi completamente gorado. Com esta derrota terminou a nova fase e o projecto de ganhar militarmente o conflito em Angola."

"Em Moçambique, a subversão, circunscrita à região setentrional de Cabo delgado (...) alastrou para Sul até à área de Tete (...) mas esta manobra não resultou e, por alturas de 1972, a barragem era uma realidade irreversível tendo sido cumpridos todos os prazos com um mínimo de incidentes. (...) Na Guiné, (...) foi totalmente activada a componente social com a conquista da população e todo o processo de desenvolvimento no âmbito da educação, apoio sanitário, alargamento da rede viária (...). Importa não esquecer a votação pelos EUA de uma moção contra a política africana de Portugal ao lado da URSS e apresentação pela Libéria no Conselho de Segurança, que acabou por não ser aprovada em virtude do número de abstenções verificadas (34-35)".

Segredos da nau quinhentista da Namíbia divulgados hoje

via Carreira da Índia by Leonel Vicente on 10/17/08

Um conjunto de mais de 4000 fotografias será apresentado hoje, na biblioteca do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar), em Lisboa, para comprovar o valor do espólio descoberto no interior de uma nau quinhentista portuguesa afundada na costa da Namíbia.

O arqueólogo português Francisco Alves, que participou nos trabalhos, não quis ontem quantificar o valor patrimonial do achado, referindo apenas que, "em 32 anos de arqueologia, foi a primeira vez que andei de joelhos no chão a encontrar moedas de ouro".Estas moedas do século XVI são apenas uma parte do espólio da nau. As equipas que procederam à escavação (num fosso a seis metros abaixo do nível do mar) encontraram dezenas de presas de marfim, 13 toneladas de lingotes de cobre, os restos de, pelo menos, seis canhões e centenas de quilos de utensílios de navegação e armamento, nomeadamente espadas, mas também pistolas.

Embora ainda sem confirmação oficial (os resultados dos trabalhos só hoje serão divulgados), estima-se que tenham sido retirados do local cerca de 20 quilos de moedas de ouro, bem como inúmeras moedas de prata e diversos lingotes do mesmo metal. Ontem, em declarações ao PÚBLICO, Francisco Alves - que esteve na Namíbia acompanhado do arqueólogo Miguel Aleluia - disse que "mais importante do que o valor patrimonial [falou-se que o espólio poderá valer 70 milhões de euros] é a escavação em geral".

A descoberta do navio foi anunciada em Abril, quando os funcionários da empresa diamantífera sul-africana De Beers encontraram uma estrutura de madeira de grandes proporções, assim como diversas grandes pedras redondas que, posteriormente, se concluiu serem canhões. No final de Setembro, também em declarações ao PÚBLICO, Francisco Alves alvitrou que a descoberta poderia ser a mais importante de África, logo a seguir aos achados arqueológicos do Egipto.

Descartada parece, para já, a hipótese de a nau ser a de Bartolomeu Dias, o primeiro navegador a dobrar o Cabo da Boa Esperança e que em 1500 naufragou na zona.

(Público, 17.10.2008)

A propósito desta descoberta, está também disponível vídeo de programa da RTP.


quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Juros das casas voltam a baixar

«A Euribor, a taxa de referência mais usada para os empréstimos à habitação, desceu ontem em todos os prazos. A mais utilizada, a de seis meses, desceu para 5,298 por cento e a Euribor a um ano caiu para 5,358.»

Fonte: Correio da Manhã de 15Out2008

El texto digital

via Poemas del Alma by Julián Pérez Porto on 10/14/08
Desde hace varios siglos, el método más usual para la difusión de textos es la impresión sobre papel. Este recurso técnico implica una cierta práctica social y cultural, que consiste en una lectura lineal. El texto impreso ofrece sus letras, palabras y oraciones, en ocasiones acompañadas por fotos o dibujos, en un orden lógico para [...]

domingo, 12 de outubro de 2008

Quero ver a minha terra, Senhora

Senhora, escutai a minha prece. Quero ver a minha terra. Lá longe há pessoas que quero abraçar. De tão longe viemos embora E dói muito partir sem voltar.

Faz 35 anos uma grande mentira

via COMBUSTÕES by Combustões on 9/23/08
Faz amanhã 35 anos que a Guiné-Bissau, "sem Guiné e sem Bissau", proclamou unilateralmente a "independência". Corria o ano de 1973 e os "nacionalistas", em Angola e Moçambique, estavam confinados à irrelevância numérica e à absoluta insignificância estratégica e táctica. Haviam perdido a guerra. A URSS, a China e os ditos não-alinhados viravam-lhes as costas, depois de haverem tentado por três vezes aplicar um rumo esclarecedor à guerra de guerrilhas que aqueles moviam desde o início da década de 1960 contra o Exército Português. Em Moçambique, Samora Machel possuía mil guerrilheiros moçambicanos, numa Frelimo de 4000 efectivos recrutados na Zâmbia e Tanzânia. Em Angola, o MPLA já nem lutava, a FNLA confinava-se a uma ténue linha sobre a fronteira do Zaire e a UNITA tinha, contas feitas, cem guerrilheiros.
Na Guiné Portuguesa, o PAIGC vivia dias conturbados após a morte de Amílcar Cabral. Diz-se que Amílcar queria, a todo o custo, negociar com os portugueses, encontrar uma saída honrosa para o fracasso militar do seu partido, já a braços com severa limitação de efectivos, quase impossibilitado de manter bases logísticas no Senegal e transformado em aríete do governo do regime de Conacri. Tudo o indica, conhecendo os soviéticos, manipuladores e intriguistas excepcionais, que Amílcar conheceu a mesma sorte que, anos volvidos, eliminaria Samora Machel. Em suma, a cabeça do PAIGC já não acreditava na sua estrela e via-se transformado em refém do governo comunista de Conacri. Querendo libertar-se, só podia correr para os braços dos portugueses. Urdiu-se um complot, Amílcar foi eliminado e em seu lugar colocado um meio-irmão que se tornaria famoso pelas matanças que em 1975 tiveram lugar em Bissau contra os 13.000 soldados negros das forças especiais portuguesas. Ou seja, o Exército africano Português da Guiné era superior, numericamente, ao PAIGC.

Após o choque causado pela introdução pelos conselheiros soviéticos de armamento anti-aéreo de grande precisão, em finais de 1972 - causando o derrube de cinco aeronaves portuguesas - os mísseis Strella tinham perdido o efeito de surpresa, pois os pilotos portugueses haviam descoberto maneira de os fintar. Era a tecnologia soviética, mentira tão gabada, que não conseguia detectar os alvos logo que estes desligassem os reactores e procedessem a elementares manobras evasivas. O PAIGC limitava-se, agora, a incursões de ataque e fuga: entrar pela noite na Guiné, disparar morteiros e armas ligeiras contra aldeamentos defendidos e fugir de seguida. "Zonas libertadas" não as havia. Assim, tentando uma jogada publicitária junto dos retitentes subsidiadores, o PAIGC fez reunir na mais pobre e quase despovoada região da Guiné algumas centenas de guerrilheiros, mulheres e crianças, mais jornalistas e outros profissionais do artifício, proclamando a "independência" da Guiné-Bissau. A sessão durou menos de duas horas, não fosse a Força Aérea Portuguesa detectar o ajuntamento. Um discurso solene, uma salva de palmas, muitas fotografias de punho cerrado para a Reuters e fuga. Dias depois, na companhia de uma jornalista sueca, o então capitão Otelo Saraiva de Carvalho visitava a "capital provisória da Guiné-Bissau" e, no meio do nada, disse à nórdica curiosa: "como vê, conseguimos vir de carro de Bissau a Madina do Boé sem ver um guerrilheiro".

É assim que se fazem os mitos. Madina do Boé nunca existiu.

sábado, 11 de outubro de 2008

E-Mule

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