sexta-feira, 27 de março de 2009

Lumbala Nguimbo

Não cheguei a conhecer a vila de Gago Coutinho (actual Lumbala Nguimbo) mas... conheço o feitiço da Terra dos Bundas. Um dia, os meus pais passaram ali, naquela rua larga e central e estiveram na casa do administrador enquanto se aprontavam para a dolorosa viagem de avioneta que os iria levar ao Hospital do Luso. É que o meu pai sofrera um ataque cardíaco. Depois, devido à doença, nunca mais voltou e nós também nunca mais voltámos àquela terra do fim-do-mundo mas que foi e será sempre na nossa memória o melhor canto do mundo.
Rui Moio

Lumbala Nguimbo
via CART.3514 "panteras negras" de António Carvalho em 26/03/09
Do álbum de Manuel Dias Monteiro
Que nos cita: Imagem da rua principal de Gago Coutinho, à direita o estabelecimento Kitanga que comercializava de tudo um pouco desde alimentação, tecidos, vestuário, bijutaria, ferramentas agrícolas, combustíveis e artigos diversos, à esquerda a casa do Administrador do município e em frente um monumento em honra do navegador e aviador Carlos Viegas Gago Coutinho, que nos fins do século dezanove coordenou a demarcação da fronteira leste de Angola.

A Vila de Gago Coutinho era atravessada pela via rodoviária que ligava a capital do Moxico ao município dos Bundas, à comuna de Ninda e Chiúme e mais a sul ao município do Rivungo no Cuando Kubango. Em Abril de 72 aquando da nossa chegada ao leste, este troço urbano já era asfaltado, e a maioria das casas de Habitação, Comercio, Restauração, Administração Local e Policia, construídas em alvenaria situavam-se ao longo desta estrada, era o único local onde se podia andar com sapatinho à maneira, também era nesta "suposta avenida" que aos domingos ao final da tarde a comunidade local e a residente faziam os seus passeios e cortesias, aproveitando o fresco do final do dia e a rapaziada mais parecendo bicho do mato, ávidos por ver mulher branca, aproveitavam a paisagem para lavar a vista e carregar baterias, e então..!! Quando a filha do Administrador estava de férias lectivas, aquilo mais parecia o paredão da praia da Nazaré em pleno mês de Agosto.

7 comentários:

coruja disse...

Também vivi em Gago Coutinho nos anos 60. O meu pai era administrador.
Gostei de ler as suas recordações.
São

Unknown disse...

estive em gago coutinho em serviço militar mas era condutor dos medicos todos os dias ia á delegacia de saude dos bundas com os medicos fazer serviço
recordo com saudade toda a gente que la conheci nesse hospital
estive la nos anos 73 E 74
gostaria d ela voltar um dia

Rui Moio disse...

Obrigado João pelo comentário. Também eu desejo tanto voltar aos Bundas, aos Lutchazes, ao Alto Zambeze, a Mavinga!...

Unknown disse...

Ola a todos eu gostava se possivel ver mais fotos de gago coutinho ou encontar companheiros que estiveram la comigo pertencia ao poletao de morteiros 4171-73 e como disse antes era condutor e a base do meu serviço era transportar os medicos para todo o lado a vida da muitas voltas perdi todas as fotos que tinha conheci muita boa gente nesse hospital
Jonatao creio que falecer nos anos 76 Geremias Sofia e muitos outros que ja nao me recordo
O MEU OBRIGADO A TODOS ELES

Unknown disse...

eu também, na qualidade de missionário,pela diocese de Luena,trabalhei e conviví com o povo Bunda, em Lumbala Nguimbo, entre os anos 2006-2010; primeiro sacerdote missionário secular dos novos tempos após a Independência. Fiz-me tudo com todos:dias bons e maus passeios lá, missionando desde Luconha,Luzí,Luvuei,Lutembo,Nhinda kassanga,Tchume,Sessa e Mussuma Mitete...Sem haver ainda pontes,na linha directa de Sacasanje-Lumbala, escapávamos pela estrada que desce a Chicala,passando por Muangai via Lutchazes e Sessa para depois chegar-se a LumbalaNguimbo.

Anónimo disse...

ola santos eu comheci a tia Sofia o tio Jonatao e o tio Jeremias a minha Mae que se chamava de dona Florinda cassinda tanbem trabalhou neste hospital como emfermeira parteira.muitas saudades

Unknown disse...

Ola a todos é com saudade que recordo a vila de Gago Coutinho sou o Santos o condutor e so agora estou respondendo ao Anonimo
no meu comentário não me referi á Dº Florinda a enfermeira parteira do hospital por esquecimento as minhas desculpas mas me recordo do casamento de sua filha que era enfermeira também no hospital que não me recordo o nome fui convidado para o casamento assim como o Dº----------------
como o amigo diz é filho da Dº Florinda podia dizer onde se encontra quem sabe poderemos um dia nos encontrar
cumprimentos a todos

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