terça-feira, 31 de março de 2009

As Vitórias do Revisionismo do Holocausto (VIII)

via Revisionismo em Linha de Johnny Drake em 31/03/09


8) Em 1983, a 26 de Abril, terminava finalmente, em recurso, o longo processo que me tinha sido movido em 1979, nomeadamente por organizações judaicas, por «danos a terceiros» pela «falsificação da história» (sic). Nesse dia a primeira câmara do tribunal de recurso civil de Paris, secção A (presidente Grégoire) ao mesmo tempo que confirmava a minha condenação por «danos a terceiros», elogiava com justificação em apoio a qualidade do meu trabalho. Pronunciava, efectivamente, que não se podia encontrar nos meus escritos sobre as câmaras de gás nenhum sinal de ligeireza, nenhum rasto de negligência, nenhum rasto de ignorância deliberada, nenhum rasto de mentira e que por conseguinte «o valor das conclusões defendidas pelo Sr. Faurisson [sobre as câmaras de gás] depende pois apenas da apreciação dos peritos, dos historiadores e do público».

Observação: Se não se pode imputar ao autor dos trabalhos que refutam as teses das câmaras de gás nem ligeireza, nem negligência, nem ignorância deliberada, nem mentira, nem «falsificação», isso é a prova de que os seus trabalhos são os de um investigador sério, aplicado, consciencioso, probo e autêntico, e em tal grau que se deve poder ter o direito de sustentar publicamente, como ele o faz, que as câmaras de gás não passam de um mito.

Quanto vale cada serviço da Web 2.0?

Tendo como base de trabalho os dados recolhidos pelo wiki of social media marketing examples do Being Peter Kim, Eyal Sela (@Eyalsela) realizou uma análise simples contudo interessante relativamente à distribuição e relevância de cada serviço da dita Web 2.0.

Fica o gráfico da distribuição:

Quanto vale cada serviço da Web 2.0?

As conclusões apontam para algo que mais ou menos instintivamente conhecemos e reconhecemos. Os blogs, apesar do advento do microblogging, continuam a imperar e liderar a lista de serviços da web 2.0 seguidos de perto pelas redes sociais e com pouco menos do dobro da percentagem que se dedica ao microblogging.

Visualização de vídeos, widgets, partilha de fotos, crowdsourcing, podcasting, wikis e  mundos virtuais completam o top 10.

Tenha no entanto em atenção que os número, como em qualquer amostra, sofrem da contaminação natural e inerente ao local da recolha. Os resultados são obviamente discutíveis mas, ainda assim, dentro das previsões - realistas - que podemos de boa fé fazer da utilização de serviços da, igualmente discutível, Web 2.0.

Eyal Sela é também o autor do blog ProductiveWise.

Boas análises.

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A estratégia da Google

via Ciberescritas de admin em 31/03/09

Ciberescritas

Isabel.Coutinho@publico.pt

"Treasure Island", de Robert Louis Stevenson, foi o livro que escolhi dos eBooks em formato ePub que a Sony Reader disponibilizou gratuitamente a semana passada na sua loja norte-americana online depois do acordo com a Google. Estou a lê-lo no meu PC que é um "tablet" (tem um ecrã táctil e um caneta que serve de rato). Posso aumentar a letra de S até XXL, isto é, até cinco vezes. Posso fazer buscas por palavra-chave.
Depois, por acaso, tropecei num livro da minha infância, "Black Beauty, The autobiography of a horse", de A. Sewell. E fiz o mesmo: descarreguei-o para o meu computador. Necessitei previamente de instalar o eBook Library Software no computador e foi a partir dele que descarreguei os livros.
Esta loja online da Sony (para os habitantes dos EUA e do Canadá) tem agora disponíveis mais livros em formato electrónico, eBooks, do que a loja online da Amazon.com. Graças a este acordo entre a Sony Corp e o Google Inc, a loja disponibiliza agora 600 mil livros, 500 mil dos quais podem ser descarregados gratuitamente.
Estas obras foram digitalizadas no âmbito do projecto Google Book Search, a pesquisa de livros do Google (www.books.google.com) que começou em 2004. A sua pesquisa pode ser feita por autor, tema ou título. São obras que se encontram no domínio público - logo, livres de direitos de autor nos EUA, foram escritas antes de 1923. São clássicos de Mark Twain, Kate Chopin, Jane Austen, Charles Dickens, etc.
Estas obras já estavam disponíveis para serem descarregadas gratuitamente através do Google Book Search em formato PDF para os computadores. A novidade é que estão agora disponíveis em formato ePub - que se adapta à leitura em ecrãs pequenos - e podem ser descarregados para o leitor de livros electrónicos Sony Reader no modelo PRS-505 - já à venda em alguns países da Europa - e também no modelo PRS-700 Reader (com ecrã táctil e ainda não disponível deste lado do Atlântico). Podem ser lidos também em computadores que tenham o software necessário instalado (só funciona em Windows), pois para transferir o livro electrónico da loja online da Sony para o aparelho Sony Reader é necessário passar sempre por um computador.
O que é importante aqui é que a Google que sempre disse que nunca iria entrar no negócio dos eBooks (ver opinião de James Bridle no BookTwo.org) escolheu aparentemente um parceiro, a Sony, como aliado numa guerra que no futuro pode enfraquecer a sua concorrente Amazon.com. Não nos podemos esquecer que a Google não tem só digitalizado na íntegra livros em domínio público, tem também na sua base de dados obras recentes.
E não nos podemos esquecer que se no iPhone, telemóvel da Apple, colocarmos no browser Safari o endereço do Google Books Search com a terminação para mobile, ficamos com uma aplicação no iPhone que serve também para ler estes livros em domínio público no telemóvel.
Foi o que fiz. Os mesmos livros que estão no meu computador estão também disponíveis no meu iPhone. Quem argumenta que este acordo entre a Google e a Sony (e a Apple que anda por aqui a pairar) é só manobra publicitária porque os livros agora disponíveis já o estavam, ou quem lembra que eBooks gratuitos em domínio público já existem desde o Projecto Gutenberg (criado por Michael Hart em 1971), é porque não percebe nada do que se está aqui a passar.

Loja Sony de eBooks
http://ebookstore.sony.com

eBook Library Software
http://ebookstore.sony.com/download/

Booktwo.org
http://booktwo.org/notebook/google-lies/

Book Google Search para os telemóveis
http://books.google.com/m

(Crónica publicada no suplemento ípsilon de 27 de Março de 2009

Resumen de Ensayo sobre la ceguera

via Poemas del Alma de Julián Pérez Porto em 13/03/09
En 1995, el talentoso escritor portugués José Saramago publicó en forma de novela una alegoría de la sociedad humana a la que tituló "Ensayo sobre la ceguera". Con el tiempo, esa obra no sólo obtuvo una importante repercusión internacional sino que también fue llevada a la gran pantalla por el realizador brasileño Fernando Meirelles, quien [...]

Luchazes programam actividades em saudação ao dia da paz

via Leste de Angola de Jorge Santos - Op.Cripto em 31/03/09
Luchazes, 31.Março – A administração municipal dos Luchazes, província do Moxico, programou esta segunda-feira, várias actividades politicas, culturais e recreativas para saudar o dia da paz e reconciliação nacional, a assinalar-se a 4 de Abril....

segunda-feira, 30 de março de 2009

El campus virtual G-9 y su oferta educativa

via e- Academia .es de javiersaez77 em 30/03/09

Esta nueva edición del Campus Virtual del G-9 permite a los estudiantes de las universidades públicas de Castilla-La Mancha, Cantabria, Extremadura, Islas Baleares, La Rioja, Oviedo, País Vasco, Navarra y Zaragoza cursar a través de Internet alguna de las 87 asignaturas de Libre Configuración que ofrecen en conjunto, y de las que doce son ofertadas por la propia institución castellano-manchega, según informó ésta en nota de prensa.   Cerca de medio millar de alumnos de la Universidad de Castilla-La Mancha se han matriculado en alguna de las 87 asignaturas de Libre Configuración que oferta on-line el Campus Virtual Compartido del Grupo 9 de Universidades (G-9) cuyo curso académico 2008-2009 ha arrancado esta semana.

Esta nueva edición formativa del G-9 aglutina el mayor número de alumnos de su historia, 4.123, que han formalizado un total de 5.569 matrículas, lo que le sitúa un año más a la cabeza de los campus on-line inter-universitarios más grandes de toda España, tanto en lo que a estudiantes y matrículas se refiere, como al número de asignaturas ofertadas.

La Universidad de Castilla-La Mancha participa en el curso 2008-2009 con una oferta de 12 asignaturas de las 87 que el Grupo ofrece en su conjunto. Precisamente de los 497 alumnos que aporta la UCLM al Campus Virtual Compartido, 186 han optado por alguna de las materias ofertadas por la propia institución regional, mientras que los otros 311 se reparten entre el resto de asignaturas que ponen a su disposición las otras ocho universidades que lo conforman.

Las disciplinas ofertadas se agrupan, en su mayor parte, en cuatro itinerarios: Medioambiente y Desarrollo Sostenible; e-Empresa; TIC en la Enseñanza; y Educación, Salud y Desarrollo Social, este último se incorpora por primera vez este año académico tras la reestructuración de asignaturas. Si el alumno cursa 18 créditos en al menos tres módulos distintos de un mismo itinerario recibirá un diploma acreditativo del G-9.

Además, junto a las asignaturas, este año las nueve universidades vuelven a ofertar la III edición del Máster en TIC y Entornos Virtuales de Formación.

As Vitórias do Revisionismo do Holocausto (VII)

via Revisionismo em Linha de Johnny Drake em 30/03/09

7) Em 1982, de 29 de Junho a 2 de Julho, teve lugar em Paris, na Sorbonne, um colóquio internacional sob a presidência de dois historiadores judeus, François Furet e Raymond Aron. De acordo com os seus organizadores, tratava-se de uma ocasião para replicar solene e publicamente a Robert Faurisson e a «um punhado de anarco-comunistas» que lhe tinham trazido o seu apoio (alusão a Pierre Guillaume, Jean-Gabriel Cohn-Bendit, Serge Thion, bem como a outros libertários, alguns dos quais judeus). No último dia, na tão esperada conferência de imprensa, os dois organizadores tiveram que admitir publicamente que, «apesar das mais eruditas investigações», não se encontrara uma única ordem de Hitler para matar os judeus. Quanto às câmaras de gás, nem sequer a elas aludiram.


Observação: Esse colóquio constituiu a primeira tentativa de mostrar ao grande público que os revisionistas mentiam. Tal como em outros colóquios do mesmo género (particularmente em 1987, também na Sorbonne), foi proibido o acesso aos revisionistas e, como todos os demais colóquios sem excepção, redundou num completo fracasso para os organizadores.

O Nano da Tata Motors

via Q u i n t u s de Clavis Prophetarum em 29/03/09
O Nano da Tata Motors em http://www.carrobonito.com

O Nano da Tata Motors em http://www.carrobonito.com

A empresa indiana Tata apresentou mundialmente o "Nano", um veículo de muito baixo custo, concebido para o mercado indiano, mas que a empresa irá brevemente comercializar em todo o mundo. O Nano estará à venda na Índia já em maio por um preço que não deve ultrapassar os 1800 euros devendo ser fabricadas 60 mil unidades deste pequeno carro de quatro lugares.

Em 2011, o Não começará também a ser vendido na Europa, mas a um preço substancialmente superior, de cinco mil euros… Um aumento explicável não somente por causa dos custos de transporte e armazenagem a partir das fabricas na Índia mas sobretudo pela necessidade de conformar o Nano às mais exigentes normas de segurança e ambientais da União Europeia. Com essas adaptações, o veiculo indiano deverá ficar em cinco mil euros. Mais caro, mas ainda consideravelmente mais económico do que os veículos da Jaguar e Land Rover, que a Tata Motors comprou em 2008… Mais económico e ecológico (especialmente depois de adaptado às exigentes normas europeias) porque um carro tão pequeno como o Nano terá necessariamente uma pegada ecológica muito pequena, assim como um baixo padrão de consumo de combustível. É duvidoso que a adaptação traga um motor tão eficiente como os europeus ou mesmo um sistema híbrido, mas ainda assim continuara a ser uma opção ecologicamente interessante, pelas duas razoes acima listadas.

Fonte:
Euronews - 2009

As Vitórias do Revisionismo do Holocausto (VI)

via Revisionismo em Linha de Johnny Drake em 29/03/09

6) Em 1982, em 21 de Abril, fundou-se em Paris uma associação para o estudo dos assassinatos por gás sob o regime nacional-socialista (ASSAG) «com o objectivo de investigar e controlar os elementos que contribuam para a prova da utilização de gases tóxicos pelos responsáveis do regime nacional-socialista na Europa para matar pessoas de diferentes nacionalidades, contribuir para a publicação desses elementos de prova, estabelecendo, para tal, todos os contactos úteis tanto a nível nacional como internacional». O artigo 2º dos estatutos dispõe: «A duração da associação limitar-se-á à realização do objectivo enunciado no artigo 1º». Ora esta associação fundada por catorze pessoas, entre elas Germaine Tillion, Georges Wellers, Geneviève Anthonioz (apelido de solteira de Gaulle), o advogado Bernard Jouanneau e Pierre Vidal-Naquet, não publicou nada em quase um quarto de século e continua a existir em 2006. No caso em que se afirme, erradamente, que produziu o livro denominado Chambres à gaz, secret d'Etat, convirá recordar que se trata antes da tradução para francês de uma obra publicada em alemão por Eugen Kogon, Herman Langbein e Adalbert Rückerl e na qual figuram algumas contribuições de alguns membros da ASSAG (Paris, Editions de Minuit, 1984).

Observação: Por si só o título desta obra dá uma boa ideia do seu conteúdo: em vez de provas, suportadas por fotografias de câmaras de gás, desenhos, esquemas, relatórios de peritos sobre a arma do crime, o leitor apenas descobre especulações a partir do que ali se denomina «elementos de prova» (e não «provas») e isso porque, dizem-nos, essas câmaras de gás teriam constituído o maior dos segredos possíveis, um «segredo de Estado». Se existe uma «arma de destruição maciça» que teria merecido uma peritagem em boa e rigorosa forma, é sem sombra de dúvida essa arma. Com efeito, ela constitui uma anomalia na história da ciência pelo menos por duas razões: não teve precedentes nem tão-pouco continuação; surgiu do nada para a ele regressar. Ora na história da ciência não se conhece nenhum fenómeno deste tipo. Em todo o caso, dado o facto de que continua a existir ainda hoje em 2006, pode dizer-se que essa associação chamada ASSAG ainda não levou a cabo o objectivo para o qual foi fundada, fará em breve vinte e cinco anos. Por conseguinte não encontrou ainda as provas, nem sequer os elementos de prova da existência das «câmaras de gás nazis».

domingo, 29 de março de 2009

27 de Março de 1976

via Africandar de Leston Bandeira em 29/03/09
Naquele dia foi oficial: as tropas sul-africanas tinham abandonado Angola e, embora tenham ficado estacionadas mesmo ali na fronteira, a poucos quilómetros de Santa Clara e do outro lado das quedas do Ruacaná, para nós foi dia de festa. "A guerra tinha acabado" - foi-nos dito em comício popular na praça que então se chamava " da República".

O Lubango vivia momentos de euforia, de reconstrução, de azáfama, de reorganização. Os operários dos Caminhos de Ferro de Moçamedes (CFM) ajudavam os agricultores, fazendo peças para os tractores avariados, noutras fábricas substituia-se o obsoleto sistema de capatazia por métodos de responsabilização na organização da produção.

Quando, a 18 de Fevereiro tínhamos chegado à cidade, no primeiro voo que partiu de Luanda, muitos de nós não contiveram as lágrimas à vista de uma cidade meia destruída. Os retirantes partiram tudo quanto puderam. Os últimos foram os homens da UNITA, já sob a pressão das tropas cubanas, mas à frente dos "bravos" Mucubais comandados pelo Farrusco, que, naquele dia de 18 de Fevereiro nos recebeu no aeroporto num jeep com uma enorme bandeira vermelha que drapejava fortemente ao vento.

Para muitos de nós - para mim, inclusivé - a guerra tinha terminado naquele dia. Depois foi o arregaçar de mangas: ajudar na reorganização da produção, pôr de pé a Faculdade de Letras, refundar a Rádio Popular de Angola, criar o jornal " A Luta Continua", acorrer aos variados chamamentos, alguns dos quais de madrugada, porque um grupo de "faplas" tinha resolvido fazer das suas.

De Fevereiro de 1976 a Março do mesmo ano muitas coisas aconteceram naquela cidade, cinclusivamente a instalação de uma intriga forte, uma espécie de veneno trazido de Luanda. A Comissão Política da Huíla começou a integrar gente que não se percebia donde vinha. De um dia para o outro, percebi que o único elemento que tinha legitimidade democrática, porque eleito na primeira Assembleia Geral de militantes do MPLA era eu.

E eu não tinha tempo para a intriga e passei a ser olhado, primeiro, como a consciência do grupo. Toda a gente queria falar comigo em privado. Depois o mesmo aconteceu, quando os ministros passaram a visitar o Lubango. Mas, depois, mais tarde, era o "branco", isto é, "português".

Todavia, naquele 27 de Março não deixei de vibrar com a oficialização do "fim" da guerra. Finalmente, Angola podia reconstruir-se e cumprir metas de desenvolvimento que beneficiasse a todos.

Finalmente...

Houve comício com o velho Lúcio Lara. No seu discurso atacou sobretudo a posição de Portugal que ainda não tinha reconhecido o Estado Angolano, proclamado pelo MPLA às 00H00 de 11 de Novembro de 1975.

Emílio Braz, entretanto nomeado Comissário Provincial, também botou discurso e, no final, teve uma expressão que me alertou: " Viva o Povo N'Hanheca Humbe" - o Povo da Huíla.

Fiquei desconfiado, tanto mais que durante a sua proclamação aos presentes afirmou que toda a gente tinha que aprender a língua M'Huíla.

Alguma coisa se passava e fiquei mais atento.Pouco tempo depois concluí que o confronto entre nitistas e netistas também tinha chegado ao Lubango.

Afinal...

A guerra não tinha acabado: o MPLA ajeitava-se para uma disputa fratricida, que haveria de ter o epicentro a 27 de Maio do ano seguinte. As réplicas prolongaram-se por vários meses e custaram a vida a algumas dezenas de milhar de pessoas. Na sua maioria jovens; muitos deles tinham sido meus alunos, quer no Liceu, quer na Faculdade de Letras. Nessa altura porém já não estava no Lubango: eu também fazia parte das listas negras dos dois lados. Não teria tido salvação...

Mas, aquele 27 de Março foi dia de Alegria. Resolvemos rebaptizar a Escola Comercial e Industrial Artur de Paiva: "Escola 27 de Março", de que era directora a minha mulher, Isilda Arruda.

Naquele 27 de Março, Angola estava oficialmente livre de tropas ocupantes. Voltariam, já não de peito aberto, mas a coberto de acordos espúrios com forças angolanas que também queriam o poder absoluto , corrupto e racista, tal como o construiu o MPLA.

E eu, naquela altura, sem desconfiar ainda do que me esperava, voltei a chorar de contentamento. Finalmente... "a minha terra" estava livre.

sábado, 28 de março de 2009

Goa: Roteiro Histórico-Cultural

via Folhas de História de História - Mestra da Vida em 27/03/09
Está já disponível em linha o Roteiro para os Portugueses ( e não só) que queiram visitar Goa e só tem uma semana para o fazer! http://www.scribd.com/doc/13716086/Goa-Roteiro-Historico-Cultural- Pode ser impresso o guia quase inteiro. Foram retiradas 3 páginas de referências bibliográficas e algumas imagens para respeitar os direitos do autor! Posted in Culturas Lusófonas, Goa, impérios coloniais [...]

sexta-feira, 27 de março de 2009

As Vitórias do Revisionismo do Holocausto (V)

via Revisionismo em Linha de Johnny Drake em 27/03/09

5) Em 1979, igualmente, as autoridades americanas decidiram-se enfim a tornar públicas as fotografias aéreas de Auschwitz que, até então, mantinham ocultas. Com cinismo ou ingenuidade, os dois autores da publicação, Dino A. Brugioni e Robert G. Poirier, ex-membros da CIA, deram à pequena colecção de fotografias o título The Holocaust Revisited e colaram, aqui e além, umas etiquetas com as palavras «gas chamber(s)», porém, nos seus comentários nada justifica semelhantes denominações (CIA, Central Intelligence Agency, Washington, February 1979, ST-79-10001).

Observações: Hoje, em 2006, esta fraude faz-nos pensar na miserável demonstração do ex-ministro americano Colin Powell tentando provar, através do mesmo procedimento de etiquetas coladas sobre fotografias aéreas, a existência de «armas de destruição maciça» no Iraque de Saddam Hussein. Na realidade, essas fotografias de Auschwitz invalidam de modo contundente a tese das câmaras de gás nazis. O que se vê claramente nelas, são pacíficos fornos crematórios sem qualquer multidão de pessoas apinhadas no exterior à espera de entrar para os supostos vestiários e supostas câmaras de morte. Os terrenos circundantes estão desimpedidos e são visíveis de todos os lados. As faixas dos jardins desses crematórios estão bem desenhadas e de modo algum se nota que tenham sido espezinhadas, diariamente, por milhares de pessoas. O crematório nº. 3, por exemplo, é contíguo ao que sabemos ser, graças aos documentos do Museu Estatal de Auschwitz, um campo de futebol e perto ainda de um campo de voleibol (Hefte von Auschwitz, 15, 1975, ilustração fora do texto da página 56 e página 64). Está também muito próximo dos dezoito pavilhões hospitalares do campo masculino. Ocorreram trinta e duas missões aéreas dos Aliados sobre toda esta zona que incluía ainda as importantes instalações industriais de Monowitz. Compreende-se que os Aliados tenham bombardeado por várias vezes o sector industrial, evitando na medida do possível o que era evidentemente um campo de concentração, de trabalho e de trânsito e não um «campo de extermínio», sobre o qual não caíram mais do que algumas bombas perdidas.


Globalidades...

via Pedro Rolo Duarte de PRD em 26/03/09

Há quem compre revistas de decoração para sonhar com casas que nunca vai ter. Eu vejo cadernos de emprego de jornais estrangeiros para imaginar vidas que jamais terei. Imagino-me num estúdio de design em Barcelona, num jornal em Londres, numa Televisão no Brasil.

(há anos que o faço, sabendo que me falta tudo, a começar na coragem, para começar de novo noutro lado qualquer).

Deve ser por imaginar cenários de vida que tenho uma enorme admiração por quem parte. Por quem recomeça. Por quem troca a (aparente…) paz da pátria e o quentinho da família e dos amigos pelo desassossego de um novo futuro. Muitas vezes essa opção é forçada – a História portuguesa é uma sucessão de histórias de quem parte à procura do que não tem.

Mas quem me seduz e fascina é quem parte mesmo sem ser forçado a isso. Quem parte porque se sente capaz. Quem parte por sentir que pertence ao Mundo, e não apenas a esta cantinho. Hoje lembrei-me disso porque o meu cunhado fez anos, e ele faz parte, com a minha irmã, desse lote de pessoas que ousou partir (e lá está, um blog, ainda que haja quem não entenda, é um espaço pessoal onde fazemos e dizemos literalmente o que queremos e não há satisfações a dar...).

... Mas também me lembrei por estar a ver e ter ficado a pensar, no fim-de-semana passado, no El Pais, neste anúncio que aqui reproduzo: escrito em alemão, num jornal espanhol, pretende contratar quem mande num braço ibérico.

Quando eu sonhava com outros destinos, era tudo mais simples: empresa espanhola contratava para Espanha, empresa inglesa contratava para Grã-Bretanha, empresa alemã para a Alemanha.

Até esse romantismo se perdeu: hoje, um tipo responde a um anúncio espanhol e acaba contratado por uma empresa francesa que o manda a Lisboa uma semana por mês para despedir compatriotas...

Mais um passatempo feliz que se foi. Não respondo a anúncios. E sonho cada vez menos

Resumen de El amor en los tiempos del cólera

via Poemas del Alma de Verónica Gudiña em 26/03/09
En 1985, el escritor colombiano Gabriel García Márquez dio una nueva muestra de su talento como novelista a través de "El amor en los tiempos del cólera", una conmovedora obra que llegaría a traspasar los límites de la literatura para convertirse en una propuesta cinematográfica. Ambientado en una ciudad costera de principios del siglo XX, [...]

Lumbala Nguimbo

Não cheguei a conhecer a vila de Gago Coutinho (actual Lumbala Nguimbo) mas... conheço o feitiço da Terra dos Bundas. Um dia, os meus pais passaram ali, naquela rua larga e central e estiveram na casa do administrador enquanto se aprontavam para a dolorosa viagem de avioneta que os iria levar ao Hospital do Luso. É que o meu pai sofrera um ataque cardíaco. Depois, devido à doença, nunca mais voltou e nós também nunca mais voltámos àquela terra do fim-do-mundo mas que foi e será sempre na nossa memória o melhor canto do mundo.
Rui Moio

Lumbala Nguimbo
via CART.3514 "panteras negras" de António Carvalho em 26/03/09
Do álbum de Manuel Dias Monteiro
Que nos cita: Imagem da rua principal de Gago Coutinho, à direita o estabelecimento Kitanga que comercializava de tudo um pouco desde alimentação, tecidos, vestuário, bijutaria, ferramentas agrícolas, combustíveis e artigos diversos, à esquerda a casa do Administrador do município e em frente um monumento em honra do navegador e aviador Carlos Viegas Gago Coutinho, que nos fins do século dezanove coordenou a demarcação da fronteira leste de Angola.

A Vila de Gago Coutinho era atravessada pela via rodoviária que ligava a capital do Moxico ao município dos Bundas, à comuna de Ninda e Chiúme e mais a sul ao município do Rivungo no Cuando Kubango. Em Abril de 72 aquando da nossa chegada ao leste, este troço urbano já era asfaltado, e a maioria das casas de Habitação, Comercio, Restauração, Administração Local e Policia, construídas em alvenaria situavam-se ao longo desta estrada, era o único local onde se podia andar com sapatinho à maneira, também era nesta "suposta avenida" que aos domingos ao final da tarde a comunidade local e a residente faziam os seus passeios e cortesias, aproveitando o fresco do final do dia e a rapaziada mais parecendo bicho do mato, ávidos por ver mulher branca, aproveitavam a paisagem para lavar a vista e carregar baterias, e então..!! Quando a filha do Administrador estava de férias lectivas, aquilo mais parecia o paredão da praia da Nazaré em pleno mês de Agosto.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Mais um dia da vergonha - 26 de Março

via MANLIUS de José Carlos em 26/03/09


Faz hoje anos o massacre da Rua d'Isly, em Argel. Foi no trágico dia 26 de Março de 1962. De Gaulle (e os seus fans), capitaneados pelo general Ailleret fizeram o "exército francês" disparar sobre uma manifestação pacífica de civis desarmados durante mais de um quarto de hora (e à queima roupa). Resultado - só no local - 64 mortos (entre os quais crianças) e cerca de 200 feridos.

"Crime" dos metralhados: participavam numa manifestação contra os "democratas lá das "luzes".

Foi um dia de infâmia. Esquecido pelos ditos democratas (para quem só os fascistas é que fazem coisas dessas). Marcou-me muito a mim e a toda uma geração de jovens europeus.

Nunca esqueci. E agora que sei que as FFAA portuguesas podem ser supletivas à manutenção da ordem em território português, e perante a crise social que se avizinha, é bom conhecermos estas histórias, para sabermos o que nos pode esperar, quando "eles" sentirem que o povo já não os atura.

Fundação António Quadros

Segui e sigo com extrema paixão a obra de António Ferro, Fernanda de Castro e António Quadros. Pessoas que defenderam um conceito de identidade nacional que eu partilho inteiramente. Que bom que tivesse havida gente assim!... Que bom que os descendentes disponibilizem o espólio destes grandes escritores e patriotas.
Rui Moio
via MANLIUS de José Carlos em 24/03/09


Por iniciativa dos descententes de António Ferro, Fernanda de Castro e António Quadros, foi constituída a Fundação com o nome de António Quadros.

Contará no seu acervo o espólio de Ferro, sua mulher e seu filho.
Mafalda Ferro será a Presidente da nova Fundação.
Bom exemplo da preservação de acervos importantes para a identidade nacional.

Leon

via MANLIUS de José Carlos em 23/03/09

Já chegou ao Dailymotion o programa da televisão belga sobre Leon.
Aqui vos deixo o número 1 de doze partes do filme. (estão todas no dailymotion, vão ver)
Vale a pena. Apesar de tudo...

quarta-feira, 25 de março de 2009

Salazar era da Maçonaria?

via Clube das Repúblicas Mortas de Henrique Raposo em 25/03/09

[Salazar+o+maçon_Costa+Pimenta.jpg]

Ver mais aqui no blog da Bertrand - Ensaio.


As Vitórias do Revisionismo do Holocausto (IV)

via Revisionismo em Linha de Johnny Drake em 25/03/09

4) Em 1979, trinta e quatro historiadores franceses assinaram uma extensa resposta comum aos argumentos técnicos que eu havia pessoalmente invocado para demonstrar que a existência e funcionamento das câmaras de gás nazis se chocam com impossibilidades materiais radicais. De acordo com a tese oficial, Rudolf Höss, um dos três sucessivos comandantes de Auschwitz, teria confessado (!) e descrito como se gaseavam os judeus em Auschwitz e Birkenau. De acordo com essa confissão, muito vaga, quando as vítimas aparentavam ter exalado o último suspiro, colocava-se em funcionamento um aparelho de ventilação e uma equipa de prisioneiros judeus entrava de imediato na vasta sala para retirar os cadáveres e transportá-los até aos fornos crematórios. R. Höss afirmou que os judeus levavam a cabo esse trabalho de modo displicente, fumando e comendo. Observei que tal era impossível: não se pode entrar a fumar e a comer num local saturado de ácido cianídrico (gás virulento, penetrante e explosivo) para tocar, manipular e daí extrair, com grande esforço, milhares de cadáveres impregnados de ácido cianídrico e, consequentemente, intocáveis. Na sua declaração os trinta e quatro historiadores responderam-me: «Não importa perguntar como, tecnicamente, foi possível semelhante assassinato em massa. Foi tecnicamente possível uma vez que ocorreu» (Le Monde, 21 de Fevereiro de 1979, p. 23).

Observação: Esta resposta equivale a esquivarem-se à pergunta colocada. Se alguém se esquiva assim é porque é incapaz de responder. E se trinta e quatro historiadores se mostram a tal ponto incapazes de explicar como foi perpetrado um crime de tais dimensões é porque esse crime desafia as leis da própria natureza; sendo, portanto, imaginário.
His

Reino Unido: Alunos da primária terão de ser fluentes em blogues, Twitter e ...

via Memória Virtual de Leonel Vicente em 25/03/09

Os alunos das escolas primárias britânicas deverão dominar ferramentas baseadas na Web como blogues, podcasts, Twitter e Wikipedia, segundo planos de alterações ao programa hoje divulgados pelo jornal britânico "The Guardian".

(via Público)

Mais aqui (BBC News). Também aqui (Público.es).

La minería de datos, la minería de la web

La minería de datos, la minería de la web

via e- Academia .es de javiersaez77 em 24/03/09

Me ha llamado bastante la atención estenuevo concepto que compartocon todos vosotros. El símil es muy acertado yya me veo conel pico golpeando con fuerza detras de los conceptos con el deseo de conseguir algo provechoso que solo se obtiene tras arduos esfuerzos. Por las galerías de labarra de navegación circulan veloces carretas cargadas de precioso metal brillando. En los espacios abiertos de la explotación trabajo horas muertas de forma intensa con la ilusión de encontrar el deseado tesoro.

La minería de datos (Webmining) que se refiere a la minería de datos aplicada a la World Wide Web, esto es, la extracción, el tratamiento y explotación de los datos de la Web de forma automática -mediante algoritmos- para extraer patrones de datos, que puede referirse a 3 aspectos distintos: la estructura de la Web, el contenido y su uso.

MINERÍA DE DATOS (DATA MINING)

DIAGRAMACIÓN DE RAZONAMIENTOS

MAPEADO DE CONCEPTOS DINÁMICO

Tendremos en el futuro queprofundizar sobre estos conceptos. Para tener unainformación más competa sobre todo este tema y los que con él se relacionan es mejor acudir directamente a la página de hipertexto de María Jesús Lamarca

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Poesía árabe

via Poemas del Alma de Julián Pérez Porto em 18/06/08
Dicen los historiadores que la poesía es el género más antiguo dentro de la literatura árabe. Sus testimonios escritos más remotos datan del siglo VI, aunque se supone que antes ya existía la poesía oral. Antes de la llegada del profeta Mahoma y del Islam en el siglo VII, los árabes hablan de la Jahiliyyah, que [...]

Resumen de Las mil y una noches

via Poemas del Alma de Verónica Gudiña em 24/03/09
La fama y el reconocimiento hacia "Las mil y una noches" comenzaron a gestarse por el año 850, cuando apareció la versión árabe de un texto anterior de origen persa bautizado como "Mil Leyendas". Cientos de años después, para ser más exactos en 1704, el arqueólogo francés Antoine Galland cambiaría el idioma original de estos [...]

Guiné 63/74 - P4076: Os nossos camaradas guineenses (4): Amadu Djaló, com marcas no corpo e na alma

via Luís Graça & Camaradas da Guiné de Luís Graça em 24/03/09
Guiné > Brá > 29 de Junho de 1973, o Dia do Comando > Cerimónia de imposição de crachás aos novos comandos do Batalão de Comandos Africanos, na presença do General Spínola. Foto de Voz da Guiné, nº 203, Separata, 30 de Junho de 1973, dedicada ao Dia do Comando > Legenda: "O Major Almeida Bruno, manifestamente satisfeito, ao impor novas divisas um dos seus 'comandos' Nesse dia, o Batalhão de Comandos da Guiné passou a ter mais 2 Tenentes, 1 Alferes, 12 Primeiro-Sargentos, 3 Segundo-Sargentos e 24 Furriéis. Foto da autoria do fotógrafo Álvaro Geraldo.

Imagem gentilmente cedida por Magalhães Ribeiro (2006), nosso camarada e amigo da Tabanca de Matosinhos.


Guiné > Bissau > Voz da Guiné > Separata do nº 203, de 30 de Junho de 1973, dedicada ao Dia dos Comandos (1). Mais fotos, na 3ª página, do



1. Comentário, com data de ontem, de Virgínio Briote, nosso co-editor, ao poste P4607 (*)


Caros Carlos Marques dos Santos, Torcato, Artur Conceição, Jorge Picado e mais Camaradas:

Obrigado pelo vosso incentivo.

Hoje passei a tarde com o Amadu. Soube mais dele,vou-o sabendo aos poucos.É uma alma muito grande. Nasceu oficialmente em 1940. Mas, na verdade, veio ao mundo de Bafatá, em 1938, filho de pai de Fulamori e de mãe de Boké, ambos da Guiné-Conacri.

Tem duas mulheres a viver em Bafatá e dez filhos ao todo. Como foi preso e sujeito a sevícias três vezes, tem receio de regressar à cidade natal. Aqui, não lhe reconhecem o posto de Alferes que usou, vezes e vezes, durante a guerra, como soldado ou comandando grupos nas matas de Madina, do Oio, da Coboiana, até na cidade de Conacri e nas matas de Kumbamory.

Três marcas no corpo e muitas feridas na alma. Nada de reconhecimentos, nem um pão para a boca, vive do trabalho das duas filhas, aqui, em Odivelas, onde vivem quase todos os nossos Camaradas africanos. É um homem desiludido e amargurado. Não pode deixar de o ser. Portugal recusa-o a aceitar. Nem o considera militar português, e temente da instabilidade na terra dele, Amadu receia regressar.

Os comandos africanos ainda não são bem vistos, ao contrário de nós, europeus, que nos recebem [,os guineenses], pelos vistos, de braços abertos. Vou levar o trabalho até ao fim (**). Depois, reformo-me também da guerra.

Um muito obrigado a todos.

vb

2. Comentário de L.G.:

Há tempos (**), o vb mandou-nos, a título informativo, uma amostra (ou um excerto) do índice (provisório) do livro que tomamos a liberdade de reproduzir, para informação do dos leitores... Os amigos e camaradas da Guiné serão seguramente dos primeiros a comparecer ao lançamento do livro do nosso camarada guineense Amadu Djaló, um homem abandonado e amargurado que precisa da nossa solidariedade (que já lhe está ser dada, na pessoa do vb, o nosso querido co-editor que está praticamente a 100% a trabalhar na fixação e revisão do texto manuscrito do Amadu e que já nos prometeu, para tristeza nossa, que depois disso se vai "reformar também da guerra"... Tristeza por que aquela expressão pode ter também um outro significado, o da despedida do nosso blogue... Ou pode pura e simplesmente querer dizer: estou em paz com a Guiné, saldei as minhas contas, exorcizei os meus fantasmas, fiz o luto... Um dia vai acontecer-nos isso a todos nós: afinal, já andamos a fazer 'blogoterapia' há quatro anos, desde Abril de 2005...


LIVRO 1

Libertação

Grupo Fantasmas

Índice ou Temas

Traços Gerais
Carta de condução
Reunião de ajudantes condutores
Contacto com o Governador-Geral da Guiné
Audiência com Sua Excelência
Concentração na Administração do Conselho
1ª Incorporação no Exército Português - Ano de 1959
Viagens ao Senegal
Terminadas as viagens ao Senegal
Circuncisão
Incorporação no Exército Português - Ano 1960/61
Meu tio-avô …..
Tratamento medicamentoso
O Mercado Municipal
Ida à Administração Civil
Regresso da Administração Civil
Dia seguinte e intervenção do Tenente Carrasquinha
A minha incorporação no Exército Português – Ano de 1962
O 9 de Janeiro de 1962
O tocar da corneta
1º Contacto com o quartel
Escola de condução em Bissau
O 1º contacto com o capitão Simões
O 2º contacto com o capitão Simões
Correria do QG para o refeitório da B.A.C.
Concentração de todos os adidos
Passagem por porto de Inchudé
Porto de …
Bedanda

A 1ª saída em Bedanda
Uma granada espanhola
A ida para Cacine
Bedanda, nosso poiso
O meu destacamento para Cacine
A minha actividade em Cacine
A morte prematura de …
As minhas férias
Terminadas as férias em Bafatá e embarque para Bissau
Bolama à vista
Regresso de férias, partida de Catió para o porto de …
Novamente em Bedanda
Adeus Bedanda
Finalmente em Bissau
Farim, o meu destino
Regresso inesperado
A minha 1ª saída em Farim
A minha ocupação
A recolha de pelotões
A tabanca de Bricama
Atitude sensata do Comandante
Nova ida à tabanca de Bricama
O 1º ataque do PAIGC
(...)
______

Nota de L.G.:

(*) 22 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4067: Os nossos camaradas guineenses (3): Amadu Djaló, Fula de Bafatá, comando da 1ª CCA, preso, exilado... (Virgínio Briote)

(**) Em 13 de Fevereiro último, o vb explicou-nos como lhe chegou às mãos este manuscrito:

"Fui contactado há tempos pelo Lobo do Amaral, Presodente da Associação de Comandos, para colaborar na revisão das memórias de um comando, natural de Bafatá. Na altura, embora no íntimo muito interessado, respondi que não me sentia em condições para tal projecto.

"Ontem, voltou à carga. Que a Associação de Comandos quer publicar em livro as memórias de um guineense que viveu os anos todos da guerra e que na Guiné conheceu os governos de Silva Tavares até Spínola.

"Eu quero fechar a minha vida na Guiné e não posso. Estive hoje na Associação de Comandos com o Presidente. Passou-me para as mãos as memórias do Amadú Djaló. Desde 1958 até 1974. Desde soldado até alferes. Toda uma vida de um guineense qque se afirma tão português como muitos de nós. Que escreve em crioulo, ou melhor num misto que ainda não consegui perceber bem. E de que vos mando uma amostra, uma primeira abordagem que comecei esta tarde a fazer.

"Os olhos doem-me de perceber a escrita manual do Amadú e de escrever para um português perceptível, respeitando o estilo da escrita do autor.Foi meu camarada nos comandos [,em Brá, 1965/67,], embora nunca no grupo a que pertenci. Pertenceu ao grupo do Saraiva, depois ao do Luís Rainha. Mais tarde esteve em Fá Mandinga, na formação dos comandos africanos.

"Cumbamori e Conacri fizeram parte do itinerário de vida do Amadú. Penso que vamos ter aqui uma obra que vai abrir o blogue aos combatentes africanos que estiveram do nosso lado.

"Um abraço do vb".

Moxico - Paróquia São Bonifácio conta com serviços de irmãs de Teresiana

via Leste de Angola de Jorge Santos - Op.Cripto em 25/03/09
Lumbala-Nguimbo, 25.Março – A Paróquia "São Bonifácio", afecta à Igreja Católica no município dos Bundas, província do Moxico, conta desde o último fim-de-semana com duas irmãs de congregação Teresiana, que irão contribuir na educação da juventude feminina da circunscrição....

terça-feira, 24 de março de 2009

As Vitórias do Revisionismo do Holocausto (III)

via Revisionismo em Linha de Johnny Drake em 24/03/09
3) Em 1968, a historiadora judia Olga Wormser-Migot, na sua tese sobre Le Système concentrationnaire nazi, 1933-1945 (Paris, Presses universitaires de France, 1968) dedicou um extenso desenvolvimento ao que ela chama «O problema das câmaras de gás» (p. 541-544). Aí exprime o seu cepticismo sobre o valor dos célebres testemunhos que atestam a existência de câmaras de gás em campos como o de Mauthausen ou de Ravensbrück. Sobre Auschwitz I é peremptória: esse campo em que, ainda hoje, os turistas visitam uma suposta câmara de gás era, na realidade, «sem câmaras de gás» (p. 157).

Observação: Para arremessar contra os vencidos horríveis acusações de gazeamentos homicidas, apenas se confiou nos testemunhos e ninguém verificou esses testemunhos. Observemos aqui o caso particular de Auschwitz-I: há 38 anos uma historiadora judia teve o mérito de escrever que esse campo «não possuía câmaras de gás»; não obstante, ainda hoje, em 2006, multidões de turistas visitam um habitáculo que ousam apresentar-lhes falaciosamente como uma «câmara de gás». Estamos, pois, perante uma fraude.

As Vitórias do Revisionismo do Holocausto (II)

via Revisionismo em Linha de Johnny Drake em 23/03/09

2) Em 1960, Martin Broszat, membro do Instituto de História Contemporânea de Munique, escreveu «Nem em Dachau, nem em Bergen-Belsen, nem em Buchenwald foram gaseados judeus ou outros prisioneiros» (Die Zeit, 19 de Agosto de 1960, p. 16).

Observação: Esta concessão súbita e inexplicada é significativa. No processo de Nuremberga, a única câmara de gás homicida que a acusação se atrevera a mostrar fora a de Dachau e numerosos haviam sido os testemunhos de gaseamentos homicidas nos três campos supra mencionados. M. Broszat reconhece, pois, implicitamente, que aqueles testemunhos eram falsos. Não nos diz em quê eram falsos. Não nos diz igualmente porque razão outros testemunhos referentes, por exemplo, a Auschwitz, Majdanek, Treblinka, Sobibor ou Belzec, ao invés, continuariam a ser dignos de fé. Nos anos 80, em Dachau, um letreiro informava em cinco idiomas que «a câmara de gás disfarçada de duche» que os turistas visitavam «nunca havia sido utilizada» como tal. Os revisionistas perguntaram então por que motivo aquele habitáculo podia ser classificado como «câmara de gás» homicida. E por isso as autoridades do Museu de Dachau retiraram esse letreiro para o substituir por um outro que, em alemão e inglês, diz agora: «Câmara de gás. Aqui se encontrava o centro potencial de assassinato em massa», e acrescenta que «até 150 homens de cada vez podiam ser gaseados» neste espaço com Zyklon B. Note-se o emprego das palavras «potencial» e «podiam» (em inglês, «potential» e «could»). A escolha destas palavras testemunha uma intenção abjecta de logro: sugere aos turistas a ideia de que a dita «câmara de gás» serviu efectivamente para matar, mas, ao mesmo tempo, permite replicar aos revisionistas: «Não afirmámos expressamente que esta câmara de gás serviu para matar, apenas dissemos que podia ou teria podido servir, à época, para matar tantas pessoas». Para concluir, em 1960, M. Broszat, sem nenhuma explicação, decretou numa simples carta que ninguém havia sido gaseado em Dachau; nos anos seguintes, as autoridades do Museu de Dachau, manifestamente incomodadas, tentaram mediante diversos embustes que variaram ao longo do tempo, enganar os visitantes deixando-os crer que nessa sala com aspecto de duche (et pour cause, uma vez que outra coisa não era) se havia efectivamente procedido ao gaseamento de pessoas.

Mais um sinal da dimensão do fosso

via Do Mirante de ajoaosoares@gmail.com (A. João Soares) em 24/03/09
A dimensão da injustiça social não pára de surpreender. O fosso entre ricos e pobres é realmente escandaloso.

Chegou agora a notícia de que o Sr. Dr. António Vitorino recebe por cada reunião da Comissão Executiva da Brisa a módica quantia de 5000 (cinco mil) euros, cerca de 11 salários mínimos nacionais (SMN). Em uma ou duas horas, recebe quase tanto como muitos trabalhadores, com responsabilidades familiares, recebem durante um ano!

Já há dias se soube que o Sr. Dr. Armando Vara recebe uma remuneração-base de 244 441 euros por ano, o que corresponde, depois de reduzido a meses a 45 vezes o SMN!!!

Também outra notícia diz que o reverendo padre Melícias recebe mensalmente uma pensão de reforma de 7.450 euros, equivalente a mais de 16 meses de SMN, quase um ano e meio de trabalho.

É certo que estes senhores estudaram muito enquanto muitos cidadãos se 'pouparam' a esse 'esforço mental' e 'divertiam-se' nas empresas como aprendizes de trabalhadores. Depois tiveram de usar gravata de que os trabalhadores de SMN nem sequer sabem fazer o nó. E, para mais, têm de se deslocar no assento traseiro de carros de topo de gama onde o trabalhador de SMN nunca foi obrigado a pousar o cóccix.

Curiosamente, nestas situações, estão privilegiados direitos de acesso para ex-políticos, ex-governantes ou aqueles que a eles se mostram submissos e veneradores. É altura de começarmos a observar os primeiros sinais do estertor do materialismo capitalista de concentração de benefícios naqueles que começaram por sugar os cofres públicos e geraram uma crise global que coloca na miséria a maior parte dos seres humanos.

Há que, sem perda de tempo, fazer renascer a humanidade das cinzas provocadas pelo egoísmo e a falta de valores éticos e bem visíveis na actual crise financeira e social global.

EarthCam: Veja locais ao vivo

via 365 Dias de Fabio Santos em 24/03/09
EarthCam é um site bastante interessante. Graças a colaboração de diversos internautas pelo mundo, é possível ver imagens ao vivo de diversas cidades, e seu monumentos importantes.

Há desde câmeras que permitem zoom até câmeras amadoras. Adicionalmente, a EarthCam busca conteúdo em diversos sites que oferecem câmeras ao vivo, em todo o mundo.

Assim, basta entrar no site, buscar a cidade desejada e ficar desfrutando as imagens o tempo que desejar.
Clique no banner abaixo e saiba mais:

Incrível: Peixe com cabeça transparente

via 365 Dias de Fabio Santos em 18/03/09
Quanto mais se pensa que descobrimos tudo nessa terra, mais estamos enganados. Ao explorarmos a terra sempre encontraremos novas surpresas. Dessa vez, a descoberta vem dos oceanos.


Trata-se de um peixe de cabeça transparente. Encontrado nas águas profundas (abaixo de 7000 metros de profundidade), onde o homem sequer pode imaginar chegar, o peixe impressiona.

O nome da espécie é Macropinna Macrostoma, e poucas informações ainda estão disponíveis sobre esse peixe. A natureza sem dúvida nos apresenta novidades todos os dias. Veja o vídeo e texto completo no Blogadão.


Diabetes já afecta um milhão de portugueses

«Em Portugal, quase um milhão de pessoas têm diabetes. De acordo com o estudo da prevalência da diabetes em Portugal, que é hoje apresentado, já atingimos o número de casos esperado só para 2025 - ou seja, 16 anos antes do que estava previsto. A continuar com esta evolução, é possível que, nessa altura, "tenhamos 20% da população com a doença", calcula José Manuel Boavida, o coordenador do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes.»

Fonte: Diário de Notícias de 24Mar2009

Discurso do Papa Bento XVI no fim da visita a Angola

via Leste de Angola de Jorge Santos - Op.Cripto em 23/03/09
Luanda, 23.Março – Eis na íntegra o discurso do Papa Bento XVI no termo da sua visita pastoral a Angola, segunda-feira, dia 23 de Março: Excelentíssimo Senhor Presidente da República, ilustríssimas autoridades civis, militares e eclesiásticas, prezados irmãos e irmãs...

segunda-feira, 23 de março de 2009

Resumen del libro La familia de Pascual Duarte

via Poemas del Alma de Verónica Gudiña em 23/03/09
En 1942, el escritor español Camilo José Cela publicó en Madrid "La familia de Pascual Duarte", una novela de perfil tremendista y existencialista que, por las características de su trama, provocó la reacción de la Iglesia. En este relato de narración lineal, el autor cautiva al lector con una historia dramática de gran influencia religiosa [...]

Resumen del libro Oliver Twist

via Poemas del Alma de Julián Pérez Porto em 23/03/09
Entre febrero de 1837 y abril de 1839, la revista "Bentley's Miscellany" incluyó entre sus páginas una obra perteneciente al escritor inglés Charles Dickens. Tiempo después, esa conmovedora novela dejó de publicarse por entregas y se convirtió en un libro conocido como "Oliver Twist" que, al ganar popularidad, fue traducido a una gran cantidad de [...]

Lumbala Nguimbo

via CART.3514 "panteras negras" de António Carvalho em 22/03/09
Gago Coutinho de ontem.
Imagem aérea da Vila Gago Coutinho em 1973, em primeiro plano um bombardeiro Harvard T6, mais abaixo o quartel e sede da Ccs Batalhão, com as instalações do Pad à esquerda e o destacamento da Fap e a pista de aeronaves à direita, o campo de futebol em frente á porta de armas, e em cima, bem visível a estrada principal que atravessava a vila e os caminhos transversais de acesso aos musseques.
Lumbala Nguimbo de hoje
Sede Municipal dos Bundas na província do Moxico, (denominada na era colonial Vila Gago Coutinho) é hoje uma circunscrição com uma população estimada em 56.741 habitantes, distribuídos pelas comunas do Luvuéi, Lutembo, Sessa, Mussuma, Ninda e Chiúme, numa área com 42.992 kms2, faz fronteira a leste com a Republica da Zâmbia, limitada a norte pelo pelo município do Alto Zambeze, a oeste com os Luchazes e o Luena e a sul com a província do Quando-Kubango. Foram matriculados no ano escolar 2008/2009 mais de 18.000 alunos na 7º classe distribuídos por 64 salas de aula e assistidos por 147 professores. Depois do cessar das armas e da estabilidade das populações, com as vias de comunicação restabelecidas, pontes e caminhos rodoviários, foi possível a construção de infra-estruturas básicas, tais como escolas, meios sanitários, rede eléctrica e iluminação pública com a instalação de um gerador, água potável com pontos de distribuição, serviços primários de saúde/hospitalares, reabilitação do comercio tradicional, da agricultura, da criação de lavras de subsistência familiar, a pesca, apicultura e caça, no final do ano com a campanha eleitoral ao rubro foram beneficiados com o sinal de rádio e televisão publica.

Resumen de El Principito

via Poemas del Alma de Verónica Gudiña em 02/03/09
Seguramente, cuando el escritor y aviador francés Antoine de Saint-Exupéry creó en un hotel de Nueva York el extraordinario relato conocido como "El principito" (cuento que, a través de un lenguaje sencillo y una gran cantidad de metáforas, enseña tanto a niños como a adultos a comprender y a valorar desde las cosas más simples [...]

domingo, 22 de março de 2009

As Vitórias do Revisionismo do Holocausto (I)

via Revisionismo em Linha de Johnny Drake em 22/03/09
Para os que questionam a "utilidade" do Revisionismo Histórico ou do Holocausto, o professor Robert Faurisson apresenta 20 pontos (entre muitos outros) que ele considera importantes e reveladoras das verdadeiras vitórias desta cruzada.

1) Em 1951, o judeu Léon Poliakov, que estivera adjunto à delegação francesa no processo de Nuremberga (1945-1946), chegou à conclusão de que, para todos os aspectos da história do III Reich dispúnhamos de uma superabundância de documentos, com excepção de um único ponto: a «campanha de extermínio dos judeus». Acerca dela escreve, «Não subsistiu nenhum documento, eventualmente nenhum terá jamais existido» (Bréviaire de la haine, Paris, Calmann-Lévy, 1974 [1951], p.171.)

Observação: Existe aqui uma extraordinária concessão à tese revisionista. Na realidade, tão formidável empresa criminal supostamente concebida, ordenada, organizada e perpetrada pelos alemães teria precisado de uma ordem, de um plano, de instruções, de um orçamento… Uma tal empresa, praticada durante anos, sobre todo um continente e causando a morte de milhões de vítimas teria deixado uma montanha de provas documentais. Por conseguinte, se nos vêm dizer que talvez nunca tenham existido essas provas documentais, é porque o crime em questão não foi perpetrado. Perante a completa falta de documentos o historiador não pode senão calar-se. L. Poliakov fez esta concessão em 1951, ou seja há cinquenta e cinco anos. Ora convém saber que, desde 1951 até 2006, os seus sucessores fracassaram igualmente nos seus intentos de encontrar a mínima prova documental. Episodicamente, aqui e ali, assistimos a tentativas de nos convencer desta ou daquela descoberta mas sempre, como veremos, a retirada e fracasso se seguiram.

Chuvas desabrigam 12 famílias no Alto-Zambeze

A antiga circunscrição do Alto Zambeze corresponde a mais de metade da superfície do Portugal que restou com o golpe abrileiro. A antiga metrópole ocupa pouco mais que 89 mil quilómetros quadrados enquanto que o Alto Zambeze ocupa 48154 quilómetros quadrados. Quantos Alto Zambezes há em toda a Angola e quantos mais há em Moçambique e na Guiné!!!??
E, pensar que esta entrega e destruição do território pátrio foi obra de um grupo de indivíduos que se dizem "portugueses"!!!
Rio Moio


Chuvas desabrigam 12 famílias no Alto-Zambeze
via cazombo - Pesquisa SAPO de crawlersapo <crawler@co.sapo.pt> em 22/03/09
Cazombo – Doze famílias ficaram sem abrigo na sede municipal do Alto-Zambeze, Cazombo, em consequência das chuvas que caem desde a semana passada, soube hoje a Angop junto da ...

feliz ou infeliz?

via jugular de f. em 21/03/09

O resultado de um inquérito internacional noticiado a semana passada apresenta os portugueses como um povo com um grau de felicidade invejável. Mais de 70% assumem ser "felizes". Não li o inquérito, pelo que não faço ideia de quais os pressupostos. Dir-se-ão (dir-nos-emos) totalmente felizes, ou felizes às parcelas, como em "feliz com o emprego", "feliz com a família", "feliz com a casa", "feliz com o tempo", "feliz com a vida", "feliz no amor"?

Claro que se deve sempre desconfiar destes inquéritos.


São feitos como? Apanham-se pessoas na rua e pergunta-se-lhes se são felizes? Liga-se-lhes para casa? Tipo, que sexo e idade, vive só ou acompanhado, trabalha, estuda, é reformado, e, desculpe lá, é ou não feliz? Quais serão as hipóteses de alguém se declarar, sem mais nem menos e a um perfeito desconhecido, como infeliz? Poucas, certo? No caso do dito inquérito, pouco mais de 3% dos inquiridos o fizeram. Gente que atravessa um desgosto, um luto, um abandono, uma catástrofe pessoal – só pode. Gente a quem pareceria mal dizer-se feliz. O contrário, pois, dos outros, aqueles a quem certificarem-se infelizes por via de um inquérito surge decerto impensável, a não ser que se encare o anónimo perguntador como um confessionário instantâneo, uma espécie de divã psicanalítico grátis. E, convenhamos, isso é de facto sinal de uma grande infelicidade – aquela que se caracteriza por ausência de outros interlocutores, aquela que aproveita uma ocasião como esta para desabafar, fazer contas à vida.

Surpreendente, então, será que, seja qual for o país e a realidade dos inquiridos, não haja uma esmagadora maioria de gente feliz nas respostas. Nada a ver com condições objectivas ou subjectivas, nada a ver com crises ou depressões económicas. Falar de felicidade é coisa séria – a coisa mais séria de todas. Primeiro, porque não sabemos bem o que é: quem é que consegue definir o que é ser feliz? Não é a felicidade um estado transitório, episódico, fugidio, algo que se aquilata na memória mais do que se consciencializa no momento? Haverá alguém que se possa anunciar plenamente feliz, que esteja satisfeito com todo e qualquer aspecto de si e do que o rodeia? Mas, por outro lado, quem estará para passar uma certidão de azedume e inutilidade à sua vida, às suas opções, ao lugar em que se encontra? É de mero bom senso resistir a esse carimbo, e se houver países em que a maioria se diz infeliz só se pode concluir que se trata de gente com um nível de auto-estima desgraçado, que nem se dá ao trabalho de disfarçar.

Há, obviamente, quem olhe para os resultados de Portugal e diga que tanta felicidade só pode significar um baixo nível de exigência ou mesmo uma incapacidade de avaliar a real situação em que se está. Há quem justaponha o ratio de felicidade afirmada aos indicadores económicos – retracção do consumo, alto nível de endividamento, subida da taxa de desemprego, incerteza quanto à manutenção do nível de vida – e assevere que as pessoas não podem estar a falar a sério. Pode alguém dizer-se feliz quando todos os dias se agoira o futuro em promessas de crise e mais crise? A resposta pode estar na pergunta: se nos garantem que devíamos estar e sentir-nos na miséria e não estamos, se nos mostram gente despedida à porta da fábrica e nos dizem que há mais famílias com fome, é mais que provável que, se não temos fome nem perdemos o emprego e basicamente estamos como estávamos há um ano, nos sintamos, por contraste, felizes com o que (ainda?) temos.

Há quem chame a isso resignação – e haverá sempre nisso um pouco de resignação. Mas dizer-se alguém infeliz será sinal de quê, então? De espírito lutador e determinação? Responder "sim, sou feliz" pode ser, afinal, uma mera afirmação de dignidade e resistência. Ou de mero bom senso: a noção de que os nossos problemas, sejam quais forem, não são assim tão graves, e que não estamos preparados para nos dar por vencidos.

(publicado na coluna 'sermões impossíveis' da notícias magazine de domingo passado)

Todos Diferentes… Todos Iguais!

via Random Precision de Luis Grave Rodrigues em 17/03/09

Cigdem Atakuman, foi despedida do cargo de directora da revista científica turca "Bilim ve Teknik" ("Ciência e Técnica") por ter dado cobertura central à Teoria da Evolução na última edição daquela publicação.

Porquê?
É simples:
- Porque a Teoria da Evolução contraria os ensinamentos criacionistas do Corão.

A Câmara de Representantes do estado norte-americano do Oklahoma manifestou-se «fortemente contra» o convite feito pelo Departamento de Zoologia da Universidade de Oklahoma a Richard Dawkins, biólogo e professor da Universidade de Oxford, para proferir uma palestra comemorativa do 150º aniversário da publicação da Teoria da Evolução por Charles Darwin.

Porquê?
É simples:
- Porque as declarações públicas de Dawkins sobre a Teoria da Evolução «são contrárias e até ofensivas dos pontos de vista e das opiniões da maioria dos cidadãos do Oklahoma».

Enfim, independentemente da sua religião, é tudo gente de muita fé:
- Todos diferentes, todos iguais!

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