O IMPÉRIO DO MAL
via Da Literatura de Eduardo Pitta em 11/03/08
Nunca tinha lido nada nem sequer ouvido falar de Steven A. Grasse, fundador e CEO de uma agência de publicidade de Filadélfia que se tornou conhecida por ter inventado o marketing de “guerrilha” e de “rumor”. Ignorância idêntica relativamente a Penny Rimbaud, letrista e baterista da banda anarquista Crass, poeta e terrorista cultural. O primeiro é americano, descendente dos fugitivos do Mayflower. O segundo é um inglês muito crítico «das brutalidades, hipocrisias e arrogâncias, passadas e presentes, do Reino Unido». Grasse escreveu e Rimbaud prefaciou The Evil Empire (2007), um livro que revela «a história secreta das indecências inglesas que marcaram o mundo». É muito divertido, e ideal para estes dias de chuva e bílis. Logo no primeiro capítulo, Eles acham que são donos da língua ‘inglesa’, Grasse afirma:
«Embora as raízes da língua inglesa remontem à Alemanha e à Mesopotâmia, e não à Grã-Bretanha, os snobes de Oxford querem fazer-nos acreditar que as suas definições especiais e as suas histórias das palavras, tais como aparecem no Oxford English Dictionary, são a derradeira autoridade no que diz respeito a sons e significados, não obstante o facto, bem documentado, de que um dos maiores e mais activos colaboradores voluntários do dicionário ter feito o seu trabalho num asilo de lunáticos e ter acabado por cortar o seu próprio pénis.»
A partir daqui já sabe com o que conta. Há capítulos dedicados à família real, aos pubs, à Escócia, a santos romanos, aos impostos, à Casa dos Lordes, ao chá, ao futebol, à snobeira, à universidade, aos bombardeamentos em massa, à boa-educação, à cultura homossocial dos clubes privados, ao críquete, a Saddam Hussein, etc., etc. A linguagem anda próxima da utilizada por certos bloggers que gostam de cultivar uma imagem anti-sistema. Esqueceram-se foi do índice, e é pena.
«Embora as raízes da língua inglesa remontem à Alemanha e à Mesopotâmia, e não à Grã-Bretanha, os snobes de Oxford querem fazer-nos acreditar que as suas definições especiais e as suas histórias das palavras, tais como aparecem no Oxford English Dictionary, são a derradeira autoridade no que diz respeito a sons e significados, não obstante o facto, bem documentado, de que um dos maiores e mais activos colaboradores voluntários do dicionário ter feito o seu trabalho num asilo de lunáticos e ter acabado por cortar o seu próprio pénis.»
A partir daqui já sabe com o que conta. Há capítulos dedicados à família real, aos pubs, à Escócia, a santos romanos, aos impostos, à Casa dos Lordes, ao chá, ao futebol, à snobeira, à universidade, aos bombardeamentos em massa, à boa-educação, à cultura homossocial dos clubes privados, ao críquete, a Saddam Hussein, etc., etc. A linguagem anda próxima da utilizada por certos bloggers que gostam de cultivar uma imagem anti-sistema. Esqueceram-se foi do índice, e é pena.
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