A Descolonização em Angola vista por Nogueira Carvalho
Para além da obra de extraordinário valor histórico sobre a derrota e a destruição de Portugal destaca-se o prefácio do Dr. José Pinheiro da Silva e o comentário do General Silvino Silvério Marques. Uma obra a não perder.
Rui Moio
Rui Moio
via nonas de nonas em 23/06/08
«Militarmente a guerra e aqui refiro-me a Angola onde me encontrava em 1974, estava ganha. O domínio territorial era absoluto.
O desenvolvimento económico em Angola era uma realidade indesmentível pelo que o peso da guerra do Ultramar diminuía na economia Portuguesa.» (P. 33).
«Combatendo contribui para a garantia da ordem e da lei e para segurança das populações locais, tendo a nossa acção, a dos militares em África, sido profundamente patriótica, humana e humanitária.
E se hoje me perguntarem se esse esforço e se esse sacrifício se justificou, responderei com a tranquilidade de quem cumpriu um sagrado dever, e com o exemplo resultante em que se transformaram os novos Países Africanos que portugueses foram. Estes estão totalmente destroçados pelos massacres étnicos, pelas guerras civis, pelas ditaduras tribais bem mais terríveis que quaisquer outras, pela corrupção e alguns dos seus dirigentes, tendo sido negada às populações que hoje mais sofrem que nunca, se Portugueses queriam continuar a ser.» (P. 38).
«Este o resultado duma descolonização em que os responsáveis pela mesma dizem ter sido a possível, talvez na tentativa de lavagem das suas consciências. Nós pela primeira vez e contrariando todos os manuais de guerrilha, tínhamos a guerra ganha e total domínio do território, e aqui refiro-me a Angola onde me encontrava em 1974.» (P. 39).
«Em 1974 estavam completamente derrotados no campo militar, pelas Forças Armadas Portuguesas e outras forças especiais militarizadas das quais destaco os Flechas, que com elas colaboravam.
Estas tinham conseguido o seu aniquilamento, a ponto das superpotências que apoiavam os movimentos, se interrogarem se deveriam continuar a prestar-lhes auxílio.
Foi então que surge a insurreição do 25 de Abril de 1974 (rebelião não inocente para alguns), cujos mentores da acção, decidem para espanto de alguns camaradas de armas e de alguns movimentos, entregar-lhes sem período de transição, as nossas ex-Províncias Ultramarinas, permitindo-lhes ainda a expulsão e perseguição dos brancos que lá se encontravam.» Pág. 52
«Toda esta gente viria a ser abandonada em 1974, atraiçoada e apelidada contudo de usurpadora e exploradora. Não pelos negros que tinham defendido e aos quais tinham incutido perspectivas de esperança e segurança despreocupada, mas por aqueles que se auto apelidaram de libertadores sem sequer ouvir os nativos, que dizem ter libertado, para um destino de miséria e violência.» Pág. 87
O desenvolvimento económico em Angola era uma realidade indesmentível pelo que o peso da guerra do Ultramar diminuía na economia Portuguesa.» (P. 33).
«Combatendo contribui para a garantia da ordem e da lei e para segurança das populações locais, tendo a nossa acção, a dos militares em África, sido profundamente patriótica, humana e humanitária.
E se hoje me perguntarem se esse esforço e se esse sacrifício se justificou, responderei com a tranquilidade de quem cumpriu um sagrado dever, e com o exemplo resultante em que se transformaram os novos Países Africanos que portugueses foram. Estes estão totalmente destroçados pelos massacres étnicos, pelas guerras civis, pelas ditaduras tribais bem mais terríveis que quaisquer outras, pela corrupção e alguns dos seus dirigentes, tendo sido negada às populações que hoje mais sofrem que nunca, se Portugueses queriam continuar a ser.» (P. 38).
«Este o resultado duma descolonização em que os responsáveis pela mesma dizem ter sido a possível, talvez na tentativa de lavagem das suas consciências. Nós pela primeira vez e contrariando todos os manuais de guerrilha, tínhamos a guerra ganha e total domínio do território, e aqui refiro-me a Angola onde me encontrava em 1974.» (P. 39).
«Em 1974 estavam completamente derrotados no campo militar, pelas Forças Armadas Portuguesas e outras forças especiais militarizadas das quais destaco os Flechas, que com elas colaboravam.
Estas tinham conseguido o seu aniquilamento, a ponto das superpotências que apoiavam os movimentos, se interrogarem se deveriam continuar a prestar-lhes auxílio.
Foi então que surge a insurreição do 25 de Abril de 1974 (rebelião não inocente para alguns), cujos mentores da acção, decidem para espanto de alguns camaradas de armas e de alguns movimentos, entregar-lhes sem período de transição, as nossas ex-Províncias Ultramarinas, permitindo-lhes ainda a expulsão e perseguição dos brancos que lá se encontravam.» Pág. 52
«Toda esta gente viria a ser abandonada em 1974, atraiçoada e apelidada contudo de usurpadora e exploradora. Não pelos negros que tinham defendido e aos quais tinham incutido perspectivas de esperança e segurança despreocupada, mas por aqueles que se auto apelidaram de libertadores sem sequer ouvir os nativos, que dizem ter libertado, para um destino de miséria e violência.» Pág. 87
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