Leucemia: o que mudou para a cura
- Autólogo: Depois de uma quimioterapia em doses muito altas, para eliminar todas as célula do sangue e da medula óssea(tanto das células doentes como as sadias), o paciente recebe uma transfusão de células do seu próprio sangue ou da sua medula óssea, coletadas e congeladas antes da quimioterapia.Essas células vão repovoar a medula, que passa a produzir apenas células sadias.
- Alogênico: Para esse tipo de transplante é necessário primeiro encontrar um doador, em geral entre irmãos, que costumam ser os mais compatíveis.Após a mesma quimioterapia em altas doses, as célula do sangue ou da medula retiradas do doador são injetadas no doente para repovoar sua medula.A pessoa passa, então a produzir células sangüíneas absolutamente normais e, em certos casos, muda de tipo sangüíneo, adotando o do doador.
Encontrar um doador, aliás, não é fácil, embora doente e doador possam ter tipos sangüíneos diferentes na classificação ABO e RH, devem ser totalmente compatíveis segundo o método HLA de classificação do sangue.A chance de um irmão ser totalmente compatível no sistema HLA é de , em média, 25%.
A primeira providência para o diagnóstico da leucemia é pedir um hemograma para avaliar se há alterações no número das células sangüíneas e se existe anemia, já que a doença faz baixar os níveis de hemoglobina no sangue.O diagnóstico exige também a realização de testes especiais para identificar qual é o tipo da doença.Esses exames orientam o médico na prescrição do tratamento.
Os sintomas de leucemia variam segundo a forma da doença.Na aguda, a pessoa tem sonolência, fraqueza, palidez, cansaço, pequena perda de peso, febre, dor óssea e abdominal,falta de ar, infecções e, mais importante para o diagnóstico, facilidade para ter sangramento, hemorragias( especialmente no nariz e gengivas) e hematomas.Essa forma avança rapidamente e o índice de mortalidade é maior em pessoas com menos de 35 anos.
Já a leucemia crônica tem evolução lenta e, às vezes, completamente sem sintomas.Em geral, a pessoa não sente nada, faz um check-up ou um exame de sangue por qualquer motivo e descobre a alteração significativa na contagem das células do sangue.
Embora, na maioria das vezes, os tipos de leucemia tenham causas desconhecidas, alguns podem ser gerados por agentes bem específicos, como a exposição à radiação e a produtos químicos. Estudos apontam ainda o fumo como um fator de risco para a doença.Evitar a exposição a esses fatores, visitar regularmente o médico e manter os exames em dia são providências fundamentais para que não haja surpresas desagradáveis.
A leucemia crônica do tipo linfóide, a mais comum, pode ser tratada com medicamentos relativamente simples, por via oral,assim como a do tipo mielóide crônica.Em pacientes com mais de 60 anos muitas vezes não é necessário qualquer medicamento.
Na leucemia aguda, é necessário internar o doente, pois ele corre o risco de sofrer hemorragia no cérebro, nos olhos e no aparelho digestivo, e pode precisar de transfusões.
O tratamento começa com a quimioterapia, em que são administradas doses maciças de medicamentos.
Essa primeira fase, chamada de remissão, dura de um a dois meses e tem por objetivo eliminar os leucócitos doentes.Em geral, eles somem do sangue em uma ou duas semanas e a produção das células sangüíneas é normalizada. O hemograma então volta ao normal e um novo mielograma costuma revelar que não existe mais doença na medula óssea.
Essa primeira quimioterapia não basta para eliminar de vez a leucemia.Podem ter sobrado pequenas quantidades de células doentes que, invariavelmente, farão com que a doença volta.Vêm então as seguintes etapas:
- Consolidação: Tratamento intensivo com substâncias não empregadas anteriormente.
- Reindução: Repetição dos medicamentos usados na fase de indução da remissão.
- Manutenção:O tratamento é mais brando e contínuo por vários meses.
Pode ser necessário também transplante de medula óssea.
Recentemente surgiu um medicamento para tratar a leucemia crônica, que era incurável e para a qual,em pacientes jovens, o único tratamento era o transplante.Seus efeitos tóxicos são bem menores que os da quimioterapia e ele tem sido considerado uma revolução no tratamento desse tipo de leucemia.
Fontes:
http://www.sbcancer.org/
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