A NASA desvenda o mistério das “luzes lunares”
Ainda não há muito tempo, quem quer que declarasse ter vistos "luzes" na Lua era considerado um… lunático. Contudo, dados recentes, recolhidos pela NASA nos últimos dois anos provam que esses fenómenos ou "anomalias lunares" longe de serem o simples produto da imaginação fértil de alguns astrónomos ou dos estudos étereos de algum ovnilogista mais alucinado eram, de facto, bem reais… Com efeito, nesses dois anos, as observações da NASA registaram mais de uma centena de "luzes lunares", ou melhor dizendo… explosões de meteoros ao tocarem no solo da Lua. Na Lua, a ausência de atmosfera faz com que até os mais pequenos meteoros cheguem intactos ao solo e uma pequena explosão correspondente à detonação de algumas centenas de quilos que TNT pode ser vista na Terra, por um telescópio amador de pequena potencia. Isso aliás, explica a numersa lista de "luzes lunares" registada ao longos dos séculos e onde alguns quiseram reconhecer a atividade de naves extraterrestres, bases alienígenas ou… bases militares secretas, havendo até quem sugerisse que eram a prova da existência na Lua de bases subterrâneas.. nazis.
A explicação é - sabemos hoje - bem mais prosaica e é ilustrada por esta fotografia recente, captada a 4 de janeiro de 2008, junto da cratera Gauss:
Este projeto tem como objetivo preparar o regresso do Homem à Lua, algo que a NASA espera conseguir antes de 2020 (ver AQUI) já que a queda de meteoritos sobre a expedição, sobre os engenhos espaciais que alunarem ou sobre qualquer outro tipo de instalações permanentes ou semi-permanentes que aqui se venham a construir pode colocar em risco todo o projeto e ameaçar a vida dos astronautas no local. É assim imperativo avaliar o risco, identificar a frequência destes fenómenos e planear respostas para estes riscos. Esse foi o propósito deste programa de observação lunar começado em 2005, logo que a Administração anunciou a decisão de regressar à Lua.
No passado, acreditava-se que estas explosões não poderiam ser o fruto de impactos meteóricos porque na Lua não havia oxigénio para as alimentar e isso apontava para a possibilidade de se tratar de atividade alienígena, mas na verdade, a energia cinética dos asteróides que tocam a superfície lunar é tão alta que estes normalmente colidem com a Lua a mais de 48 mil Km/h e a velocidades desta escala mesmo a colisão de um meteorito do tamanho de um seixo pode ser visto na terra e deixar uma cratera com várias dezenas de metros… a luminosidade resultante é assim produzida pelo aquecimento súbito do solo lunar e pelo derretimento do solo afectado.
Uma das conclusões inesperadas deste estudo foi que a maioria dos asteróides que colidem com a Lua o fazem fora das tradicionais "chuvas de meteoritos", sendo estas responsáveis por menos de 1/3 de todos os impactos. Isto implica que é inútil planear a presença dos astronautas para uma época do ano onde não ocorram estas "chuvas" já que o risco é distribuído uniformemente ao longo de todo o ano. Outra conclusão é de que ainda os impactos sejam comuns, as probabilidades destes ocorrerem sobre um astronauta ou uma nave espacial são probalísticamente muito baixas. Poderão aumentar se se construirem bases lunares muitas extensas, caso em que estas deverão ser construídas no subsolo, como defesa destes acidentes. Restam ainda por esclarecer dúvidas quanto às chamadas "partículas secundárias", resultantes do primeiro impacto meteorítico e que como a Lua não tem atmosfera e possui uma baixa gravidade, podem percorrer centena de quilómetros a partir do ponto de impacto e terem ainda a energia suficientes para atravessar um fato de astronauta.
Fontes:
http://science.nasa.gov/headlines/y2008/21may_100explosions.htm?=rss
http://www.nasa.gov/mission_pages/constellation/main/index.html
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