Carlos Cruz volta a depor em Monsanto
Audição anterior foi interrompida por causa da entrega de uma bola de futebol como prova. Ex-apresentador de televisão esta a ser julgado por seis crimes sexuais contra ex-alunos da Casa Pia de Lisboa.
O ex-apresentador de televisão Carlos Cruz volta hoje a ser ouvido em tribunal no âmbito do julgamento do processo Casa Pia, depois de a audição anterior ter sido interrompida por causa da entrega de uma bola de futebol como prova.
Na sessão de 28 de Maio, a defesa de Cruz entregou como prova da presença do arguido em Quarteira, num dia em que alegadamente terão ocorrido abusos sexuais sobre menores na vivenda de Elvas, uma bola de futebol autografada que levantou dúvidas à defesa de Carlos Silvino (Bibi) o principal arguido do processo.
O advogado do ex-motorista da Casa Pia, José Maria Martins, alegou que a data inscrita na bola era 01 de Abril de 1999, contrariando o que tinha sido referido pela defesa de Carlos Cruz, que argumentou que o apresentador esteve no jogo da final do Mundialito de futebol feminino com a filha, Marta Cruz, no dia 20 de Março de 1999, altura em que lhe foi oferecida a bola.
José Maria Martins solicitou ao tribunal que o laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária fizesse uma perícia à bola, para que ficasse "claro que a data que foi escrita na bola é completamente diferente daquela que Carlos Cruz indica".
À saída do Tribunal de Monsanto, em Lisboa, a 28 de Maio, Carlos Cruz referiu aos jornalistas que a alegada data de 01 de Abril de 1999 apontada por José Maria Martins é na verdade a sigla "USA 99", sendo, portanto, "uma leitura falsa" por parte do defensor de Carlos Silvino.
Carlos Cruz, que antes de ser ouvido em Maio tinha prometido "responder a todas as perguntas", entregou ao tribunal documentos relativos a passagens na Via Verde, chamadas telefónicas, registos de operações bancárias e a bola autografada pelas jogadoras da equipa norte-americana que disputaram a final com a China para tentar demonstrar que não esteve em Elvas a 20 de Março de 1999.
Carlos Cruz, 66 anos, pronunciado por seis crimes sexuais contra ex-alunos da Casa Pia de Lisboa, foi detido a 31 de Janeiro de 2003 e chegou a estar em prisão preventiva durante mais de um ano.
Além de Carlos Cruz e Carlos Silvino, são arguidos neste processo o diplomata Jorge Ritto, o médico João Ferreira Diniz, o advogado Hugo Marçal, o ex-provedor-adjunto da Casa Pia Manuel Abrantes e Gertrudes Nunes, dona da vivenda em Elvas onde supostamente ocorreram abusos sexuais de menores casapianos.
Fonte: Expresso pelo TwitterFeed - Terça-feira, 17 de Jun de 2008
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