sábado, 17 de janeiro de 2009

Mestrados e doutoramentos: apoios para estudantes e investigadores

Fundações, universidades, governos, comissões e até famílias endinheiradas colocam a mão no bolso para financiar os estudos de gente talentosa no mundo inteiro — principalmente jovens profissionais já formados que buscam especializações, MBAs, mestrados, doutorados e pós-doutorados.

É claro que há mais interessados que vagas, e são raras as que cobrem todas as despesas dos estudantes. Mas falta de oportunidades não é razão para deixar de estudar nos EUA, Canadá, Europa, Japão ou em países da América Latina. As vagas abertas nos melhores programas estão aqui.

Fundação Alexander von Humboldt (Alemanha) - O instituto tem
32 diferentes programas de bolsa para doutores. Os benefícios, a duração (a partir de seis meses) e a verba oferecida variam de acordo com a posição acadêmica, o local onde a pesquisa ocorrerá (na Alemanha ou fora dela) e o ano em que o candidato à bolsa terminou seu doutorado. Atualmente, 23 mil pesquisadores ligados à Fundação Humboldt em 130 países mantêm contato entre si. (site: http://www.humboldt-foundation.de/web/2659.html)

Comissão Fullbright (EUA) - Os brasileiros podem ser beneficiados por até
13 programas diferentes de bolsas destinadas a perfis que vão desde doutorado em ciência e tecnologia até cursos para profissionais do terceiro setor, passando por formação de roteiristas e graduação para músicos. Também há oportunidades para docentes trabalharem como professores visitantes em instituições norte-americanas. O valor dos benefícios varia. No caso das bolsas em convênio com o Capes, a verba é de no máximo US$ 1.100, dependendo da faixa salarial do doutorando no Brasil. (site: http://www.fulbright.org.br/)

CampusFrance (França) - É por onde todos têm que passar para
entrar no ensino superior francês. O estudante cria um perfil no site e se candidata a uma vaga nas cerca de 170 instituições filiadas. Mas atenção: apesar de serem todas públicas, as faculdades francesas custam entre € 300 e € 500 por ano, fora as outras despesas. A agência não dá nenhuma bolsa, mas informa sobre todas as possibilidades no link de oportunidades. (site: http://bresil.campusfrance.org/)

Capes (Brasil) - Ligada ao Ministério da Educação, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior concede bolsas em 13 programas diferentes no Brasil. As verbas em alguns casos chegam a R$ 600 mil por ano para o desenvolvimento do projeto (veja os detalhes dos programas e os calendários site do Capes). Para quem quer estudar no exterior, a Capes tem um convênio com a Comissão Fullbright — que leva doutorandos aos Estados Unidos — e programas de doutoramento com estágio no exterior - o chamado doutorado-sanduíche. (www.capes.gov.br)

Sciences Po (França) - A
universidade francesa dá bolsas de estudos entre € 5.500 e € 10.500 por ano para estudantes de fora da União Européia. A instituição também mantém um programa de estudos especialmente montado para latino-americanos, portugueses e espanhóis. (site: http://www.iberoamerica-sciences-po.fr/)

Aecid (Espanha) - A
Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento dá bolsas, acomodação, verba para transportes e isenção de matrículas para estrangeiros que queiram desenvolver pesquisas (mestrados, doutorados ou pós-doutorados) na Espanha. São pré-requisitos para conseguir a bolsa falar espanhol e já ter sido aceito por uma instituição de ensino. Na maioria dos casos, as bolsas vão apenas para quem já concluiu sua graduação, mas algumas exceções são feitas para formandos. (site: http://www.becasmae.es/)

CNPq (Brasil) - São
nove os tipos de bolsas oferecidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, que podem beneficiar estudantes do ensino médio, superior ou graduados. As propostas devem ser enviadas por formulário pela internet, de acordo com o cronograma de cada modalidade. A remuneração para bolsistas que trabalhem no Brasil varia de R$ 100 (iniciação científica júnior) a R$ 5.200 (pesquisador visitante).

Cimo (Finlândia) - Se você quer
estudar na Finlândia, (http://www.cimo.fi/Resource.phx/cimo/mainpage/mainpage.htx) esse é o caminho. O Cimo (sigla em inglês para Centro para a Mobilidade Internacional) dá bolsas de pesquisas para quem já se formou, concluiu o mestrado ou a pós-graduação. Há programas em todas as áreas de conhecimento, cada um com seus prazos e exigências, mas os interessados devem procurar as instituições com cerca de um ano de antecedência. As bolsas do Cimo contemplam estudantes de qualquer país com uma verba mensal, mas não cobrem despesas de viagem nem acomodação. Se você se perguntou: “Por que a Finlândia?”, o próprio Cimo responde com histórias dos cerca de 700 estrangeiros que viajam para estudar naquele país todo ano.

Chevening (Reino Unido) - É o programa de concessão de bolsas do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido (). Todo ano, cerca de 40 jovens profissionais já graduados e com dois anos de experiência na sua área de atuação recebem verbas de ₤ 12 mil (R$ 42 mil) anuais para pagamento do curso e acomodação. O primeiro passo é escolher a instituição e solicitar a vaga - segundo o consulado, praticamente todas as universidades do país participam do Chevening. Depois o candidato deve preencher os formulários específicos para a bolsa — CHEV1 e CHEV1 Annex — e fazer o Ielts, teste de proficiência em inglês exigido pelo consulado. (site: http://www.britishcouncil.org/br/brasil-educationuk-bolsas-chevening.htm)

Consulado Britânico - O consulado compilou um
extenso banco de dados, com programas de centenas de instituições de ensino e fomento na Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales. A maior parte é direcionada a graduados que pretendem fazer mestrado ou pós, mas há também oportunidades para cursos de inglês e graduação. Algumas instituições, como a Nottingham University e o King’s College, oferecem vagas exclusivas para brasileiros. Para saber se a verba da bolsa é suficiente, é só usar a calculadora de gastos estudantis. (site: http://www.educationuk.org/pls/hot_bc/bc_all_home.page_pls_all_home_adv?x=&y=&a=5522)

Governo do Japão - O governo japonês oferece seis tipos de bolsas para estudantes brasileiros em suas universidades: pesquisa (mestrado ou doutorado), graduação, escolas técnicas superiores, cursos profissionalizantes, treinamento para professores do ensino fundamental ou médio e estudo da língua e da cultura japonesas. Qualquer brasileiro pode pleitear uma delas junto ao
consulado de São Paulo, desde que tenha ao menos 22 anos e domínio do inglês ou japonês. Antes de começar o curso ou a pesquisa, os estudantes que precisarem passarão por um curso de japonês que pode durar um ano. O site Study in Japan dá mais detalhes sobre os pré-requisitos. (site: http://www.sp.br.emb-japan.go.jp/pt/index.htm)

Daad (Alemanha) - Cerca de 230 instituições de ensino superior da Alemanha estão ligadas ao
Daad (Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico), que beneficia 27 mil estrangeiros todo ano por meio de 200 programas de bolsa. Os valores oferecidos começam em € 750 mensais nos cursos de graduação e chegam a € 2.055 para o curso de língua alemã (inclui passagens aéreas). O único pré-requisito comum para todos os cursos é ter desempenho acadêmico acima da média e conhecimentos de alemão. No caso da graduação, o estudante deve estar matriculado em uma faculdade brasileira e ter menos de 32 anos. Para pós, os pré-requisitos são dois anos de experiência profissional e ter menos de 36 anos. O doutorado exige também um plano de pesquisa. (site: http://rio.daad.de/)

Argentina - Cidadãos do Mercosul têm direito a bolsas para mestrado em Integração e Cooperação Internacional na Universidad Nacional de Rosario, que dá ajuda de custo de 1.420 pesos argentinos (R$ 860) mensais. A bolsa é válida por um ano e pode ser prorrogada por mais um, dependendo dos resultados acadêmicos do estudante. Brasileiros também podem estudar na Argentina
por meio de outros programas de bolsa do governo local e da OEA (Organização de Estados Americanos). (site: http://estudiarenargentina.siu.edu.ar/index.php)

Austrália - Bolsas de estudo integrais na Austrália são poucas e disputadas, mas o governo criou um
banco de benefícios para estudantes que queiram ir para lá e não possam pagar. As bolsas são direcionadas principalmente para estudantes de pós-graduação e devem ser solicitadas diretamente às instituições. (site: http://www.studyinaustralia.gov.au/Sia/pt/CourseSearch/ScholarshipSearch.htm)

Canadá - Pelo menos
sete programas diferentes financiam estudantes estrangeiros que queiram desenvolver mestrado ou doutorado no Canadá — as bolsas variam de acordo com as instituições que recebem as propostas de estudo. As principais são a FAC (Foreign Affairs Canada) e a Cida, agência federal dedicada a países em desenvolvimento. Uma pesquisa no site Schoolarships in Canadá vai ajudar a descobrir qual universidade ou programa pode ajudar a pagar seus estudos.
(site: http://www.studyincanada.com/english/finance/index.asp?Preference=undergraduate)

Instituto Camões (Portugal) - O governo português criou nove programas de bolsas diferentes para estudantes estrangeiros interessados em desenvolver projetos “na área da língua e da cultura portuguesa”. Oito deles podem ser aproveitados por brasileiros. A bolsa de menor duração tem oito meses, mas há programas sem prazo definido. Os valores também dependem do programa, variando de € 450 a € 825. Veja os detalhes no site do Instituto Camões. (site: http://www.instituto-camoes.pt/cidadaos-estrangeiros/programa-de-bolsas.html)

Fapesp (Brasil) - A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo tem dois programas para desenvolvimento de pesquisa no exterior. Uma delas, a Pq-Ex (abreviação de ‘pesquisa no exterior’), dá US$ 2.200 mensais para profissionais com título de doutor ou equivalente pesquisarem em universidades estrangeiras por cinco meses. O programa Novas Fronteiras paga o mesmo valor durante um ano para estágios em instituições fora do Brasil.
Veja mais no site da Fapesp.

Fundação Ford (EUA/Brasil) - Distribui bolsas para mestrado e doutorado em faculdades e universidades do Brasil e do exterior voltados para temas sociais, como desenvolvimento comunitário, educação e justiça social. A seleção leva em conta a qualidade do projeto e privilegia negros, índios e cidadãos do Norte e do Nordeste. Anualmente são oferecidas 40 bolsas de 24 meses para mestrado e 36 meses para doutorado. O programa dura pelo menos até 2010.

Fundação Matsumae (Japão) - Dá cerca de 20 bolsas de estudos para doutores realizarem
pesquisas no Japão, com verba mensal de R$ 4.300 para as despesas de pesquisa e moradia, mais transporte aéreo. Estudos em ciências naturais, medicina e engenharia têm prioridade.
(site: http://www.matsumae-if.org/pages/910969/index.htm)

Fundação Volkswagen (Alemanha) - Tem quatro tipos diferentes de bolsas para pesquisas ou estudos na Alemanha, cada uma com uma verba específica. Estudantes e jovens profissionais, principalmente das áreas de engenharia, ciências naturais e economia, podem se candidatar.
(site: http://www.volkswagenstiftung.de/funding.html?L=1)

Fundação Guggenheim Memorial (EUA) - Profissionais de qualquer área e qualquer país podem pedir financiamento de suas pesquisas. As bolsas são de no mínimo seis meses e duram até um ano. A fundação tem um programa específico para profissionais da América Latina e Caribe, que em 2008 atendeu 35 das 500 solicitações feitas. Foram pagos cerca de US$ 35 mil para cada estudante.

Harvard Business School (EUA) - Estudantes já admitidos na universidade para cursar um MBA podem pedir bolsas de estudo. O custo médio do curso, que dura dois anos, chega a US$ 77 mil (incluindo moradia e alimentação). Além do programa da própria Harvard, há outras fundações que financiam os estudantes da universidade, como a George Family Foundation e a Harvard Alumni Club.

Programa Hubert Humphery (EUA) - Seleciona todos os anos profissionais de países em desenvolvimento para estudar na Universidade de Boston. Desde 1981, 13 brasileiros já estudaram na instituição por meio do programa. Podem participar profissionais de praticamente todas as áreas, desde que tenham fluência em inglês e cinco anos de experiência profissional.

Itamaraty (Brasil) - O Ministério das Relações Exteriores do Brasil não dá bolsas de estudos, mas trabalha como mediador em processos que podem beneficiar cidadãos brasileiros. Por isso o site do ministério divulga informações sobre programas com inscrições abertas.

Instituto Ling (Brasil) - Financia até um terço do valor de MBAs no exterior por meio de quatro programas diferentes de bolsa. Os estudantes são escolhidos de acordo com seus resultados acadêmicos no Brasil, suas necessidades financeiras e com o prestígio da universidade que escolheu para estudar. Só são recebidas inscrições de profissionais que já foram aceitos na instituição que irão cursar.

Nuffic (Holanda) - A Organização Holandesa para Colaboração no Ensino Superior leva estudantes de países em desenvolvimento para cursar mestrados ou doutorados de qualquer área de conhecimento em universidades da Holanda. O Nuffic exige aceitação prévia de uma universidade local (como na maioria dos programas de bolsa) e que a inscrição seja feita por meio da empresa que emprega o candidato no país de origem. Outras opções de estudo na Holanda podem ser encontradas no Grant Finder, o buscador de bolsas holandesas.

Bolsa Prince Bernhard - O programa, da WWF (World Wildlife Fund) banca 15 estudos ligados à natureza e à preservação. A bolsa é de um ano e oferece 10 mil francos suíços (cerca de R$ 21 mil) para todas as despesas. Projetos do Brasil e de outros países em desenvolvimento são privilegiados durante a avaliação.

OEA (América) - Cidadãos de qualquer um dos países membros da Organização dos Estados Americanos podem pedir uma bolsa de pesquisa ou pós-graduação, desde que ela se realize também em um dos países associados. O benefício dura no máximo dois anos e não passa de US$ 30 mil por ano.

Erasmus Mundus (Europa) - É o programa de mestrados da União Européia. Os currículos dos cursos são montados com disciplinas de países diferentes, de modo que estudem em pelo menos dois dos 27 países membros da UE. Estudantes de países em desenvolvimento podem se candidatar a bolsas de € 21 mil, além das despesas de viagem para a Europa.

Knight Fellowships (EUA) - Dá bolsas no MIT (Massachusetts Institute of Technology) para jornalistas que já estão no mercado de trabalho e que escrevem sobre ciência, ambiente e tecnologia. Os estudantes formulam seus próprios currículos e desenvolvem seus projetos participando duas vezes por semana de seminários escolhidos pela instituição. A bolsa dura nove meses e paga US$ 60 mil a cada um dos dez escolhidos anualmente.

Fonte: GY_Observatório Sociológico - mensagem de Luciano Teixeira de 16Jan2009

Sem comentários:

Related Posts with Thumbnails