Pável não esteve envolvido no assassinato de Trotsky
Pável não esteve envolvido no assassinato de Trotsky
via As Causas da Júlia de juliacoutinho@gmail.com (Júlia Coutinho) em 16/12/08
O jornal Público de hoje, na rubrica Cartas ao Director, publica um esclarecimento de Zínia Rodriguez, filha de Francisco Paula de Oliveira / Pável / Antonio Rodriguez, sobre as insinuações ultimamente vindas a público acerca do possivel envolvimento do pai no assassinato de Trotsky.
Por se tratar de um documento da máxima importância para a clarificação do percurso político-social de Pável, aqui o transcrevemos.
«Em relação ao artigo "O 'olhar triste' de um antigo herói do comunismo", de 21 de Novembro, envio, em nome da família de Pavel, a seguinte resposta para reposição da verdade.
Pavel não esteve envolvido em qualquer tentativa ou acção para assassinar Trotsky no México. Qualquer insinuação a esse respeito é completamente especulativa e infundada.
A História faz-se com factos, documentos claros e investigação da verdade directamente nas fontes.
As pessoas que tiverem dúvidas podem consultar no México a informação existente no Museu Trotsky.
O assassinato de Trotsky está perfeitamente esclarecido. Os nomes dos seus autores são conhecidos.
As pessoas que tiverem dúvidas podem consultar no México a informação existente no Museu Trotsky.
O assassinato de Trotsky está perfeitamente esclarecido. Os nomes dos seus autores são conhecidos.
Pavel chegou ao México em meados de 1939. Trotsky foi assassinado em 1940. Nessa época Pavel já tinha sido afastado pela Internacional Comunista e não tinha qualquer relação com Moscovo. Trabalhava no seu ofício de serralheiro mecânico para poder sobreviver, ao mesmo tempo que ia escrevendo em jornais. Só posteriormente conheceu e se aproximou de intelectuais mexicanos como David Alfaro Siqueiros.
O seu trabalho como jornalista era essencialmente de repórter sobre a situação dos indígenas, para os ajudar a obter melhores condições de vida. E começou a escrever sobre arte anos depois.
Não mais retomou uma actividade partidária, mas continuou a lutar a nível social e cultural, para dar voz às pessoas que não a tinham e ajudar à construção de uma sociedade mais justa.
A vida de Pavel no México é clara e transparente. Para os que quiserem saber a verdade.
Por último, aproveito para informar que, no próximo ano, o Museu Trotsky, na Cidade de México, vai promover uma homenagem à memória de Pavel. Aliás, o director do Museu Trotsky foi aluno e grande amigo de Pavel.
Como representante de minha mãe e meus irmãos,Zinia Rodriguez (filha de Pavel)»
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