quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Seres Cada Vez Mais Sociais

via Dissonância Cognitiva by Bruno Ribeiro on 1/26/10

Um novo estudo da Nielsen demonstra, comparando dados de 2008 e 2009, que o tempo despendido em redes sociais aumentou 82% num ano! Cada vez mais as pessoas passam o seu tempo online em redes sociais – Facebook, MySpace, Twitter -o que pode ser facilmente constatado com uma visita ao Top 20 de sites a nível mundial compilado pela empresa Alexa, lista dominada por motores de busca, redes sociais, ou plataformas de partilha e de cooperação.

Cada vez mais a web se torna no espaço social de eleição para milhões de pessoas, que se encontram dispostas a discutir e a conversar mais abertamente sobre assuntos que normalmente estariam restritos a um número reduzido de pessoas. Online as esferas pessoais e sociais confundem-se e as fronteiras entre ambas são mais permeáveis do que aquilo que sucede "cá fora". E esta é uma tendência que tende a crescer nos próximos tempos – o que acabará por originar movimentos contrários de nicho em que alguns utilizadores optarão por menos partilha.

E é esta a realidade com que as marcas e as instituições têm de lidar. Embora seja algo a que estamos habituados a nível pessoal, sermos "sociáveis" em contexto profissional, ainda mais falando não só por nós mas também por toda uma empresa, é algo que vai contra a endoutrinação dos últimos 100 anos no que respeita à forma correcta de um "profissional" se comportar. Confesso que vejo com dificuldade esta abertura e transparência a fazerem escola em algumas das grandes empresas nacionais onde o segredo e o automatismo robótico são a norma.

Também será importante ver como as instituições públicas, nomeadamente as de ensino lidam com esta nova realidade. Ainda recentemente a empresa britânica de recrutamento Major Players se "queixou" da falta de profissionais – ou candidatos a – de marketing e relações públicas com conhecimentos gerais ao nível dos social media. Refira-se que estamos a falar do mercado britânico que está bem mais avançado do que o nacional nesta matéria.

Mas, mais importante do que a aquisição de conhecimentos de aplicação profissional, é a aquisição de competências para lidar com esta nova realidade a nível pessoal. E aqui o papel da escola e dos pais durante a infância e a adolescência é fundamental. Lamentavelmente, prefere-se a criação de cenários de horror e aposta-se na limitação do acesso à web ao invés de se promover a educação de como aceder com segurança aos conteúdos online.

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