quinta-feira, 31 de julho de 2008

A NASA vai testar uma vela solar num foguetão da SpaceX

via Q u i n t u s by Clavis Prophetarum on 7/31/08


(Vídeo do primeiro lançamento do foguetão "Falcon 1″ da SpaceX)

A NASA vai incluir na carga útil do foguetão privado "Falcon 1″ da SpaceX um "demonstrador tecnológico" de uma vela solar. O foguetão, a lançar ainda em 2008 (ver AQUI), entre 29 de Julho e 6 de Agosto. Este foguetão vai colocar em órbita um mini-satélite que vai estender uma vela solar designada por "NanoSail-D" para testar a validade de um conceito que visa alcançar dois propósitos: afastar satélites desactivados da órbita terrestre e servir como propulsor auxiliar ou principal para sondas inter-planetárias.


(A NanoSail-D in http://www.nasa.gov)

A NanoSail-D foi construída por elementos de plástico e alumínio pesando um total de 4,5 Kg e quando no Espaço vai estender quatro velas de três metros cada uma a partir de quatro mastros extensíveis a partir de uma célula central. A vela solar foi concebida para operar a partir de um módulo designado por "Poly Picosatellite Orbital Deployer" desenvolvido pelo Instituto Politécnico da Universidade da Califórnia.

Se o conceito provar a sua viabilidade, unidades de maiores dimensões poderão ser instaladas em sondas espaciais a caminho de planetas e satélites do Sistema Solar, empurrando-as através das particulas do vento solar que o Sol emite constantemente. De início, a sonda terá velocidades muito baixas, dada a relativamente fraca energia dessas partículas, mas uma vez que a aceleração é constante, ao fim de alguns meses alcançar-se-ão velocidades muito significativas, e sempre sem o consumo de qualquer combustível. Por esta razão é que esta forma de propulsão é particularmente interessante para viagens de longas distância, tipicamente além do sistema Terra-Lua. Alternativamente, um sistema idêntico pode ser instalado em cada satélite e a vela aberta quando este esgotar o seu combustível, caindo na Terra. Com a vela, o satélite desativado pode ser afastado de órbita, ou para órbitas mais altas e menos povoadas de satélites (reduzindo assim o risco de colisão com outros satélites) ou mesmo ser enviado para o Espaço, abandonando a órbita terrestre e qualquer possibilidade de impacto. Num futuro não muito longínquo, podemos até sonhar com naves à vela cruzando o Espaço a caminho dos planetas exteriores, tal como os nossos navegadores levavam as suas naus até às paragens do Extremo Oriente, e recorrendo novamente ao vento… desta feito, ao vento solar.

Fontes:
http://www.nasa.gov/mission_pages/smallsats/nanosaild.html
http://www.spacex.com/launch_manifest.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vento_solar

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