terça-feira, 5 de agosto de 2008

José Brandão. Mais um livro.

via MEMÓRIAS by Raimundo Narciso on 8/5/08

José Brandão é meu amigo mas a razão que o traz hoje aqui não é essa mas a publicação, agora mesmo, de mais um livro seu pela Editora Prefácio. A Introdução ao livro diz-nos quantos mortos, feridos , estropiados, doentes a guerra ceifou entre os militares portugueses em cada uma das guerras coloniais, na de Angola, Guiné e Moçambique, e faculta outros interessantes números, cada um encerrando uma tragédia em Portugal e abrindo portas para outras infindáveis tragédias em África entre os que defendiam a libertação das suas terras. A Introdução do livro está aqui abre o apetite ao mais fastiento e já me decidiu: vou, sem dúvida, procurá-lo.

José Brandão começou por ser operário, foi dirigente sindical e é um autodidacta. Mas foi também um lutador contra a ditadura e foi preso pela PIDE que o acusou de pertencer à ARA. Chegou ao tribunal para julgamento, com uma sentença de uma mão cheia de anos de prisão, já lavrada pela PIDE no dia... vá, adivinhem... no dia 25 de Abril de 1974!

3 comentários:

Anónimo disse...

Agradecer as palavras de um Homem e Amigo como é Raimundo Narciso, é pouco para quem tem o seu nome ligado a um passado e a um presente só digno de homens ligados grandes feitos que honram a nossa História pela Liberdade e Democracia.

Obrigado Raimnundo pela Liberdade e Democracia que hoje nos deixa viver e de que foste um obreiro de vulto.

Anónimo disse...

Receber estas palavras de um Homem como Raimundo Narciso representa uma honra com uma ponta de justificada vaidade.
Na verdade, Raimundo Narciso não é um qualquer elogiador que perca tempo em zumbaias de ocasião e tem uma vida onde o combate pela liberdade de expressão o coloca entre os mais destacados lutadores contra as tiranias da opressão, sejam as mesmas de que sentido forre.
Assim, estas palavras com que ele distingue esta minha Cronologia da Guerra Colonial, são para mim uma espécie de um pequeno prémio Nobel que eu muito lhe agradeço.
Vindas de quem vem, são palavras que têm para mim um valor que jamais esqueço.

Um grande abraço

João Videira Santos disse...

É bom que se referencie o Zé Brandão. Ele é, acima de tudo um homem integro e que, já em democracia, se devotou à causa dos trabalhadores. Trabalhámos no movimento sindical e sei bem da sua determinação na defesa de ideias e principios. Infelizmente ainda não teve o reconhecimento que merece,mas...como sempre,isso só acontece com os simples e desprendidos da procura de honrarias.

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